Perfil alimentar e desempenho em corredores de rua recreacionais
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Data
2025Autor
Ferreira, Camila Aparecida Marques de Morais
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Resumo: O perfil alimentar e o desempenho esportivo são temas amplamente estudados na nutrição esportiva devido à sua importância na otimização do rendimento físico e na promoção da saúde dos atletas. Em especial, os corredores de rua recreacionais enfrentam desafios únicos, já que precisam equilibrar suas demandas energéticas e metabólicas com práticas alimentares que favoreçam sua performance e recuperação. Esses corredores, mesmo não sendo profissionais, buscam melhorar seus tempos em provas e aumentar sua resistência, o que evidencia a necessidade de compreender como os hábitos alimentares impactam diretamente o desempenho esportivo. Esta dissertação portanto, explora os hábitos alimentares de corredores e sua relação com o desempenho esportivo, com foco em identificar perfis nutricionais que possam influenciar positivamente ou negativamente os resultados em provas de longa duração. O estudo teve como objetivo correlacionar consumo nutricional e o desempenho esportivo entre corredores, considerando variáveis demográficas como idade (média de 30,5 anos, desvio padrão de 7,3), gênero (60% masculinos e 40% femininos), peso (média de 70,2 kg, desvio padrão de 8,9) e altura (média de 1,75 m, desvio padrão de 0,08), para identificar padrões e propor intervenções nutricionais personalizadas. A justificativa para a pesquisa reside na crescente demanda por otimização do desempenho esportivo e na promoção da saúde entre corredores recreacionais e profissionais, que enfrentam exigências energéticas e metabólicas elevadas. A metodologia aplicada foi quantitativa, utilizando questionários estruturados para coletar dados de 319 atletas de diferentes faixas etárias, ambos os sexos e com variadas práticas de treinamento. A análise dos dados incluiu correlações entre hábitos alimentares e o desempenho em provas de diferentes distâncias. Para as provas de 5 km, o tempo médio foi de 1380 segundos, com desvio padrão de 252 segundos; nas provas de 10 km, o tempo médio foi de 2880 segundos, com desvio padrão de 486 segundos; e, na meia maratona, o tempo médio alcançou 6300 segundos, com desvio padrão de 900 segundos, além de modelagem por regressão linear e análise de clusters para agrupar os atletas com base em seus padrões de consumo alimentar. Os resultados indicaram que o consumo elevado de alimentos ultraprocessados está associado a um desempenho inferior, com uma correlação negativa de -0,45 (p < 0,01) entre o consumo de frituras e o tempo nas provas de resistência. Em contraste, dietas equilibradas, com foco em alimentos naturais, favorecem melhor rendimento esportivo, com atletas do Cluster 1 (Perfil Balanceado) apresentando, em média, uma melhora de 12% no tempo de prova em comparação com os atletas do Cluster 3 (Alta Dependência de Ultraprocessados). O estudo conclui que uma nutrição adequada é essencial para o sucesso dos corredores, oferecendo uma base para intervenções nutricionais que otimizem o desempenho e promovam a recuperação física. A pesquisa contribui para o campo da nutrição esportiva ao fornecer insights práticos que podem guiar atletas e profissionais da área em relação a estratégias alimentares mais eficazes e personalizadas. Abstract: The dietary profile and sports performance are widely studied topics in sports nutrition due to their importance in optimizing physical performance and promoting athletes' health. Recreational road runners face unique challenges as they must balance their energy and metabolic demands with dietary practices that enhance their performance and recovery. Although they are not professionals, these runners strive to improve their race times and increase endurance, highlighting the need to understand how dietary habits directly impact sports performance. This dissertation explores runners' eating habits and their relationship with sports performance, focusing on identifying nutritional profiles that may positively or negatively influence endurance race results. The study aimed to correlate nutritional intake and sports performance among runners, considering demographic variables such as age (mean of 30.5 years, standard deviation of 7.3), gender (60% male, 40% female), weight (mean of 70.2 kg, standard deviation of 8.9), and height (mean of 1.75 m, standard deviation of 0.08) to identify patterns and propose personalized nutritional interventions. The research justification lies in the growing demand for optimizing sports performance and promoting health among recreational and professional runners, who face high energy and metabolic demands. The methodology applied was quantitative, using structured questionnaires to collect data from 319 athletes of different age groups, both genders, and various training practices. Data analysis included correlations between dietary habits and performance in races of different distances. For the 5 km races, the average time was 1,380 seconds, with a standard deviation of 252 seconds; for the 10 km races, the average time was 2,880 seconds, with a standard deviation of 486 seconds; and for the half-marathon, the average time reached 6,300 seconds, with a standard deviation of 900 seconds. Additionally, linear regression modeling and cluster analysis were performed to group athletes based on their dietary consumption patterns. The results indicated that high consumption of ultra-processed foods is associated with lower performance, showing a negative correlation of -0.45 (p < 0.01) between fried food consumption and endurance race times. In contrast, balanced diets focusing on natural foods favor better sports performance, with athletes in Cluster 1 (Balanced Profile) showing an average 12% improvement in race times compared to athletes in Cluster 3 (High Dependence on Ultra-Processed Foods). The study concludes that proper nutrition is essential for runners' success, providing a basis for nutritional interventions that optimize performance and promote physical recovery. This research contributes to the field of sports nutrition by providing practical insights that can guide athletes and professionals in developing more effective and personalized dietary strategies.
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