Controle de contaminações durante o cultivo e pós-colheita de cogumelos comestíveis
Visualizar/ Abrir
Data
2023Autor
Silva, Ricardo Scheffer de Andrade
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Resumo: O cogumelo shiitake e o cogumelo shimeji são os cogumelos mais produzidos no mundo e no Brasil o cultivo de ambos cresce ano a ano. Junto com o crescimento da produção verifica-se um maior aparecimento de doenças, através de organismos contaminantes, podendo ocasionar perdas de 100% da produção. O surgimento desses microrganismos contaminantes pode ser decorrente de problemas no preparo do substrato ou contaminação posterior devido à presença deles no ambiente de cultivo ou ferramentas contaminadas. Controlar o surgimento desses contaminantes é essencial para evitar perdas na produção. Além dos problemas com contaminação, a perecibilidade dos cogumelos, principalmente do shimeji, ocasiona perdas pós-colheita. A vida de prateleira do cogumelo shimeji em temperatura ambiente é de até três dias e até dez dias em ambiente refrigerado. Nesse sentido, o objetivo das pesquisas foi fornecer subsídios para o manejo da produção de shimeji e shiitake para evitar perdas por contaminação e evitar perdas pós-colheita. As espécies identificadas presentes no substrato foram Trichoderma atroviride com frequência de 35,05%; Trichoderma hirsutum 19,59%; Penicillium brevicompactum 8,25% e Penicillium copticola com 7,22%. Foram identificados sintomas nos primórdios de cogumelos shimeji. A contaminação causou atrofia dos primórdios de frutificação, má formação e ressecamento, e esporulação abundante, podendo causar perdas de até 100%. O patógeno foi identificado a nível de espécie com 99% de identidade como Penicillium brevicompactum, por meio da região ITS, e uma árvore filogenética foi feita para comparação com outras sequências de P. brevicompactum. A aplicação de hipoclorito de sódio (NaClO) na concentração de 4,0 % do produto comercial com 2,0 % de cloro ativo, pôde ser utilizada in vitro para inibir a formação da colônia dos gêneros Trichoderma e Penicillium, sem inibir o crescimento micelial do cogumelo shimeji. O estudo revelou que o Penicillium brevicompactum infectou primórdios dos cogumelos shimeji. Os resultados obtidos demonstraram que o melhor período de incubação de shiitake foi o de 70 dias. Os descritores visuais que caracterizaram o processo de senescência de cogumelo Pleurotus ostreatus foram amarelecimento do píleo, afrouxamento das lamelas e píleo fissurado. O PM1 apresentou maior vida de prateleira, com aceitação de compra de 80% até o 5º dia de armazenamento com 5,6 % de perda de massa e o PM2 até o 3º dia com 4%. Abstract: The shiitake mushroom and the oyster mushroom are the two most produced mushrooms in the world and in Brazil, the cultivation of both is growing year by year. Along with the growth in production, problems arise, and one of them is the increased occurrence of diseases, with the presence of contaminating organisms that can result in losses of up to 100% of the production. The emergence of these contaminating microorganisms can be due to problems in substrate preparation or subsequent contamination due to their presence in the cultivation environment or contaminated tools. Controlling the emergence of these contaminants is essential to avoid production losses. In addition to contamination issues, the perishability of mushrooms, especially oyster mushroom, leads to post-harvest losses. The shelf life of oyster mushrooms at room temperature is up to three days and up to ten days in a refrigerated environment. In this sense, the objective of the research was to provide subsidies for the management of oyster and shiitake mushroom production to avoid losses due to contamination and post-harvest losses. Identification species were Trichoderma atroviride with a frequency of 35.05%, Trichoderma hirsutum 19.59%, Penicillium brevicompactum 8.25%, and Penicillium copticola with 7.22%. Symptoms were identified in the primordia of oyster mushrooms. The contamination caused atrophy of the fruiting primordia, malformation, and drying out, and abundant sporulation, which could result in losses of up to 100%. The pathogen was identified at the species level with 99% identity with the Penicillium brevicompactum, through the ITS region, and a phylogenetic tree was made for comparison with other P. brevicompactum sequences. The application of sodium hypochlorite (NaClO) at a concentration of 4.0% of the commercial product with 2.0% active chlorine could be used in vitro to inhibit the formation of the colony of Trichoderma and Penicillium genera, without inhibiting the mycelial growth of oyster mushrooms. The study revealed that Penicillium brevicompactum infected the primordia of oyster mushrooms. The obtained results demonstrated that the best incubation period was 70 days. The visual descriptors that characterized the senescence process of Pleurotus ostreatus mushroom were yellowing of the cap, loosening of the gills, and cracked cap. PM1 had a longer shelf life, with a purchase acceptance of 80% until the 5th day of storage with a 5.6% loss of mass, and PM2 until the 3rd day with 4%.
Collections
- Teses [238]