Viabilidade de reaproveitamento da água de rejeito do sistema de osmose reversa no serviço de hemodiálise brasileiro
Resumo
Resumo: A hemodiálise, principal tratamento para Doença Renal Crônica (DRC) no Brasil, requer água purificada de acordo com padrões internacionais da ANVISA, FDA e AAMI. Este procedimento, realizado em clínicas e hospitais qualificados, utiliza um equipamento (máquina de hemodiálise) que filtra o sangue, assumindo parte da função renal. Cada sessão de hemodiálise, realizada três vezes por semana, demanda cerca de 120 litros de água deionizada, obtida por meio da osmose reversa. Este processo físicoquímico separa a água de solutos através de uma membrana semipermeável, resultando em duas correntes: água tratada e água de rejeito. A água de rejeito, descartada no esgoto doméstico, corresponde aproximadamente a 34% da água total tratada. A água é um recurso natural indispensável para o tratamento de pacientes renais, e sua qualidade influencia diretamente o tratamento. A osmose reversa garante a pureza necessária para o tratamento, tornando-se uma solução viável para clínicas e hospitais, além da filtração, exige um sistema de pré-tratamento, impactando o desempenho do sistema de purificação e a quantidade de água final. A sustentabilidade, com foco no uso eficiente de recursos hídricos, impulsiona o reaproveitamento da água de rejeito O reuso de água para fins não potáveis tem se expandido globalmente. Como resultado da pesquisa, foi confirmada a importância de investigar maneiras para o descarte adequado dos resíduos da osmose reversa em clínicas de hemodiálise, já que a água residual desse processo oferece oportunidades de reutilização reduzindo impactos negativos e trazendo benefícios econômicos para as instalações de saúde. Isso torna urgente e pertinente o tema. Os resultados da pesquisa serão úteis para a gestão hospitalar em relação ao uso sustentável da água.
Collections
- Teses & Dissertações [10542]