Migrantes forçadas e refugiadas oriundas de países em conflito : narrativas de resiliência em contexto de riscos em Madrid, entre os anos de 2013 a 2022
Resumo
Resumo: A presente tese consiste em analisar a permanência em um contexto de riscos, após o deslocamento forçado de países em conflito, de mulheres migrantes e refugiadas na cidade de Madrid, entre os anos de 2013 a 2022, e quais as estratégias de resiliência utilizadas por elas. A pesquisa, de caráter qualitativo, contou com entrevistas semi estruturadas, realizadas entre outubro de 2021 e abril de 2022, com funcionários de organizações, com voluntários da pauta migratória e com oito mulheres oriundas do Iêmen, do Iraque e da Síria. A partir da pesquisa empírica, foram identificados os riscos enfrentados pelas migrantes e refugiadas, como um sofrimento com enfoque social, processo de perdas, mudanças no nível econômico e social, burocracias com documentação, não aceitação pelos marcadores de identidade, preconceito, falhas no processo de proteção. Frente aos riscos, foram verificados fatores de resiliência no país de destino, de acordo com as narrativas das mulheres, tais como a aprendizagem do idioma, os estudos, o trabalho, a maternidade, o núcleo familiar, os repertórios do país de origem, novos vínculos sociais, capacidades individuais como sociabilidade, confiança, pró-atividade, pertencimento e liberdade Abstract: The aim of this thesis is to analyze how migrant and refugee women in the city of Madrid experienced risk after being forcibly displaced from conflict-affected countries between 2013 and 2022, and to identify the resilience strategies they employed. This qualitative research involved semi-structured interviews conducted between October 2021 and April 2022 with employees of organizations, migration-focused volunteers, and eight women from Yemen, Iraq, and Syria. The empirical research identified the risks faced by these migrants and refugees, such as social suffering, loss, changes in economic and social status, bureaucratic challenges with documentation, non-acceptance of identity markers, prejudice, and failures in the protection process. In response to these risks, the women’s narratives revealed resilience factors in the host country, including learning the language, pursuing education, working, motherhood, family support, cultural repertoires from their home countries, new social ties, and individual capacities such as sociability, confidence, proactivity, a sense of belonging, and freedom
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