Utilização de serviços privados de vacinação por lactentes em municípios brasileiros : inquérito nacional de cobertura vacinal 2020
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Data
2024Autor
Burdinski, Ediane de Fátima Mance
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Resumo: Objetivo: caracterizar a utilização dos serviços privados na vacinação de lactentes e avaliar as coberturas vacinais segundo serviço utilizado. Métodos: inquérito populacional que avaliou a cobertura vacinal em lactentes nascidos em 2017 e 2018, residentes nas capitais, Brasília e 12 cidades do interior. Para definir a utilização de serviço privado de vacinação considerou-se a informação dos entrevistados quanto a criança ter utilizado serviço privado de vacinação para realização de ao menos uma dose de alguma vacina. Foram também incluídos participantes com registro de aplicação de vacinas ofertadas por serviços privados que não são ofertadas pelo Programa Nacional de Imunizações. Resultados: dos 37.801 participantes, 25,1% (IC95% 23,2;27,2) receberam ao menos uma dose nos serviços privados, com maiores proporções em capitais, cidades de maior porte e regiões Sul e Sudeste. Entre os lactentes que utilizaram serviços privados observou-se maior proporção de famílias com nível de consumo e renda mensal mais elevados, cuja mãe possuía maior escolaridade, menor número de filhos, 35 anos ou mais, com companheiro, exercendo trabalho remunerado, das raças brancas ou amarelas e no primeiro filho. A cobertura vacinal para o conjunto de vacinas aplicadas até 24 meses foi 60,3% (IC95% 58,6;62,0) no serviço público e 59,5% (IC95% 55,9;63,0) no privado, e das vacinas em dia, 10,3% (IC95% 9,1;11,6) e 9,4% (IC95% 7,4;11,8), respectivamente. Ao avaliar a cobertura segundo vacinas aplicadas, observa-se maior cobertura da primeira dose de varicela entre lactentes que utilizaram serviços privados. Para vacinas aplicadas em dia observou-se maior cobertura entre lactentes que utilizaram exclusivamente o serviço público para 1º reforço de VOP e 2ª dose de SCR, e para os que utilizaram serviço privado para a 2ª dose e reforço de VPC10, 2ª dose de rotavírus e MenC e da 3ª dose de pentavalente e VIP 1ª dose de SCR, hepatite A e varicela. Conclusão: observou-se expressiva participação dos serviços privados na vacinação de lactentes. Embora haja diferenças segundo vacinas, na avaliação do conjunto de vacinas as coberturas são semelhantes entre os serviços destacando-se as baixas coberturas, especialmente para vacinas em dia Abstract: Objective: To characterize the use of private services to vaccinate infants and assess vaccination coverage according to the service used. Methods: a population-based survey that assessed vaccination coverage among infants born in 2017 and 2018, living in the state capitals, Brasília and 12 cities in the countryside. In order to define the use of a private vaccination service, we considered the information provided by the interviewees about the child having used a private vaccination service to receive at least one dose of some vaccine. Participants with records of vaccines offered by private services that are not offered by the National Immunization Program were also included. Results: of the 37,801 participants, 25.1% (95%CI 23.2;27.2) received at least one dose in private services, with higher proportions in state capitals, larger cities and the South and Southeast regions. Among the infants who used private services, there was a higher proportion of families with a higher level of consumption and monthly income, whose mothers had more schooling, fewer children, were 35 years old or older, had a partner, were in paid work, were white or yellow and were having their first child. Vaccination coverage for the set of vaccines administered up to 24 months was 60.3% (95%CI 58.6;62.0) in the public sector and 59.5% (95%CI 55.9;63.0) in the private sector, and for up-to-date vaccines, 10.3% (95%CI 9.1;11.6) and 9.4% (95%CI 7.4;11.8), respectively. When assessing coverage according to vaccines administered, there was greater coverage of the first dose of varicella among infants who used private services. For vaccines administered on time, there was higher coverage among infants who used the public service exclusively for the 1st booster of OPV and the 2nd dose of MMR, and for those who used the private service for the 2nd dose and booster of PCV10, the 2nd dose of rotavirus and MenC and the 3rd dose of pentavalent and IPV, the 1st dose of MMR, hepatitis A and varicella. Conclusion: There was a significant participation of private services in the vaccination of infants. Although there are differences according to vaccine, when evaluating the set of vaccines, coverage is similar between the services, with low coverage standing out, especially for up-to-date vaccines
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