Efeitos da restrição de fluxo sanguíneo durante caminhada em músculos distais em adultos
Resumo
Resumo: O treinamento de resistência com altas cargas aumenta efetivamente a força e a massa muscular. Exercícios de baixa carga envolvendo caminhada combinada com restrição do fluxo sanguíneo (RFS) ou Kaatsu-Walk (KW) mostraram benefícios comparáveis. No entanto, não está claro se a caminhada associada a RFS afeta os músculos no segmento distal. Este estudo teve como objetivo identificar se um programa de treinamento de caminhada com restrição de fluxo sanguíneo aplicado na parte superior da coxa (prega glútea) aumenta o pico de torque (dorsiflexores e plantiflexores do tornozelo) e a espessura (gastrocnêmio medial (GM) e tibial anterior (TA)) dos músculos distais. Trinta e dois adultos jovens saudáveis (20 homens, 12 mulheres) concordaram em participar. Os participantes caminharam com restrição de fluxo sanguíneo aplicada ao membro mais fraco (segmento experimental (SE)) três vezes por semana durante 12 semanas. O membro contralateral serviu como controle (segmento controle (SC)). A duração e a cadência do treinamento aumentaram gradativamente de 12 para 20 min e de 110 para 120 passos.min-1, respectivamente. A força (pico de força isocinética) dos dorsiflexores e plantiflexores do tornozelo e a massa (espessura muscular) do GM e TA foram medidas antes e após o treinamento. Os resultados pós-treinamento mostraram aumentos (p<0,05) do pico de torque do SE de delta 26,0 N.m (Plantiflexores) e delta 5,1 N.m (Dorsiflexores). O SC apresentou ganhos (p<0,05) do pico de torque de delta 17,4 N.m (Plantiflexores) e delta 4,9 N.m (Dorsiflexores). Não foram observadas alterações significativas na espessura muscular em nenhum musculo ou segmento (p>0,05). Os resultados sugerem que o treinamento de caminhada associado a restrição do fluxo sanguíneo para a parte superior da coxa aumenta o pico de torque nos músculos distais da perna (GM e TA) sem afetar a espessura muscular. Abstract: High-load resistance training effectively increases muscle strength and mass. Lowload exercises involving walking combined with blood flow restriction (WK) have shown comparable benefits. However, it’s unclear if WK affects the muscles of the underlying segment. This study aimed to identify if a WK training program with blood flow restriction applied to the upper thigh (gluteal fold) increases peak torque (ankle dorsiflexors and plantarflexors) and thickness in the distal muscles (medial gastrocnemius (GM) and tibialis anterior (TA)). Thirty-two healthy young adults (20 men, 12 women) agreed to participate. Participants walked with blood flow restriction applied to the weaker limb (SE) three times per week for 12 weeks. The contralateral limb served as control (SC). Training duration and cadence increased gradually from 12 to 20 min and from 110 to 120 steps.min-1, respectively. The strength (isokinetic peak force) and mass (muscle thickness) of the GM and TA were measured before and after training. Post-training results showed a peak torque increase (p<0.05) of delta 26,0 N.m (plantarflexors) and delta 5,1% N.m (dorsiflexors) in the SE. The SC also showed peak torque increases for both muscles (delta 17,4 N.m - plantarflexors and delta 4,9 N.m - dorsiflexors. No significant changes in muscle thickness were observed (p>0.05). The findings suggest that WK training with blood flow restriction to the upper thigh enhances peak torque in distal leg muscles (dorsiflexors and plantarflexors) without affecting muscle thickness.
Collections
- Dissertações [222]