dc.contributor.advisor | Pinto, Otávio Luiz Vieira, 1988- | pt_BR |
dc.contributor.other | Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História | pt_BR |
dc.creator | Kamigashima, Victor Gava | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2024-10-02T01:13:58Z | |
dc.date.available | 2024-10-02T01:13:58Z | |
dc.date.issued | 2024 | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://hdl.handle.net/1884/89999 | |
dc.description | Orientador: Prof. Dr. Otávio Luiz Vieira Pinto | pt_BR |
dc.description | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História. Defesa : Curitiba, 16/02/2024 | pt_BR |
dc.description | Inclui referências | pt_BR |
dc.description.abstract | Resumo: Ao longo de toda a História, o continente Eurasiático foi palco de inúmeros processos de formação e expansão de um infinidade de formas de organização política: reinos, impérios, khanatos e kaghanatos, etc… e, especialmente, palco de contatos entre eles. Esses contatos se deram de muitas formas, como embates bélicos, alianças, tratados comerciais e trocas diplomáticas. A História tem, tradicionalmente, prestado atenção especial àqueles que detiveram a tradição da escrita que preservou suas experiências registradas em crônicas, anais e correspondências oficiais e nas relações que se davam entre eles. Esses detentores da escrita, como pretendemos argumentar neste trabalho, sempre mantiveram contatos e relações próximas com vizinhos que não compartilhavam dessa tradição. Estes, por sua vez e por esse motivo, não nos legaram seus registros próprios de suas experiências e perspectivas (ou o fizeram apenas em raros casos) e, assim, têm tido suas agências e protagonismos históricos negados pela nossa ciência por séculos. Um grupo que forma um dos maiores expoentes desses não detentores da escrita que manteve contatos constantes com seus vizinhos escritores por séculos foram os nômades pastoralistas das estepes e, nas últimas décadas, um campo especializado para estudá-los tem se formado na História e buscado desenvolver ferramentas para superar essas barreiras teórico-metodológicas. O presente trabalho tem como objetivo principal investigar e testar a Cultura Política Nômade como uma ferramenta para estudar as populações nômades das estepes em sua própria agência histórica. Foi selecionada como recorte geográfico a região delimitada como Ponto-Balto-Cáspia e como recorte temporal o período compreendido entre o início da presença dos comerciantes escandinavos que tomaram o nome de rus na região, em meados do século VIII e a conquista mongol que deu origem à Horda Dourada na mesma região, em meados do século XIII. Ao longo do trabalho, observaremos e analisaremos a Cultura Política Nômade em atuação nas relações intersocietárias que transpassam esse recorte temporal e geográfico. A Cultura Política Nômade é concebida como um conjunto de elementos simbólicos e práticos voltados para regrar e ordenar a vida em sociedade no ambiente das estepes eurasiáticas. Essa cultura política ganha ainda mais proeminência em contextos de maior agregação social em torno das grandes confederações e impérios nomádicos, que se formam nesses ambientes e muitas vezes ultrapassam o limite geográfico das estepes, servindo como fonte de legitimação para os clãs que governam essas entidades políticas. Será observado, portanto, através da ótica da Cultura Política Nômade, o desenrolar das relações entre diversas sociedades através do tempo dentro da região Ponto-Balto-Cáspia, como os citas, em um primeiro exemplo na Antiguidade Clássica, os khazares, rus, pechenegues, kipchaks e mongóis, também os contextualizando em suas relações externas com espaços vizinhos, como bizâncio, o mundo islâmico e latino. Utilizaremos uma variedade de fontes históricas pois acreditamos que é no confronto entre diversas narrativas externas que podemos identificar indícios cada vez mais consistentes e historicizáveis da Cultura Política Nômade. | pt_BR |
dc.description.abstract | Abstract: Throughout history, the Eurasian continent has been the scene of numerous processes of formation and expansion of a multitude of forms of political organization: kingdoms, empires, khanates and kaghanates, etc... and, especially, stage of contacts between them. These contacts took place in many forms, such as military clashes, alliances, commercial treaties and diplomatic exchanges. History has traditionally paid special attention to those who held the tradition of writing that preserved their experiences recorded in chronicles, annals and official correspondence and in the relationships that took place between them. These holders of writing, as we intend to argue in this work, always maintained close contacts and relations with neighbors who did not share this tradition. These, in turn and for this reason, have not bequeathed us their own records of their experiences and perspectives (or have done so only in rare cases) and, thus, have had their historical agencies and protagonisms denied by our science for centuries. A group that forms one of the greatest exponents of these non-holders of writing that maintained constant contacts with their writer neighbors for centuries were the pastoralist steppe nomads and in recent decades, a specialized field to study them has been formed in History and has sought to develop tools to overcome these theoretical and methodological barriers. The main objective of this study is to investigate and test the Nomadic Political Culture as a tool for studying the nomadic populations of the steppes in their own historical agency. It was selected as geographical cut the region delimited as Pontus-Balto-Caspian and as temporal cut the period between the beginning of the presence of the Scandinavian traders who took the name of rus in the region in the mid-eighth century and the mongol conquest that gave rise to the Golden Horde in the same region in the mid-thirteenth century. Throughout the work, we will observe and analyze the Nomadic Political Culture acting in intersocietal relations that transcend this temporal and geographical cut. Nomadic Political Culture is designed as a set of symbolic and practical elements aimed at regulating and ordering life in society in the environment of the Eurasian steppes. This political culture gains even more prominence in contexts of greater social aggregation around the great confederations and nomadic empires, which are formed in these environments and often exceed the geographical limit of the steppes, serving as a source of legitimacy for the clans that govern these political entities. It will be looked at it through the lens of Nomadic Political Culture, the unfolding of relations between diverse societies through time within the Pontus-Balto-Caspian region, such as the Scythians, in a first example in Classical Antiquity, the Khazars, Rus, Pechenegs, Kipchaks and Mongols, also contextualizing them in their external relations with neighboring spaces, such as Byzantium, the Islamic and Latin world. It will be used a variety of historical sources because we believe that it is in the confrontation between different external narratives that we can identify increasingly consistent and historicizable evidence of the Nomadic Political Culture. | pt_BR |
dc.format.extent | 1 recurso online : PDF. | pt_BR |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language | Português | pt_BR |
dc.subject | Nômades - Ásia, Centro | pt_BR |
dc.subject | Estepes | pt_BR |
dc.subject | História | pt_BR |
dc.title | A cultura política nômade na região Ponto-Balto-Cáspia : da presença RUS à instalação da Horda Dourada | pt_BR |
dc.type | Dissertação Digital | pt_BR |