Variação fenotípica e genotípica da butirilcolinesterase humana e sua relação com altura e índice de massa corporal
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Data
2001Autor
Souza, Ricardo Lehtonen Rodrigues de
Metadata
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Resumo: O presente estudo rastreou uma amostra de 3001 doadores de sangue de Curitiba, pelo método de inibição enzimática, com o objetivo de classificar os fenótipos da butirilcolinesterase. As amostras variantes não usuais encontradas por essa metodologia foram então analisadas pela técnica de PCR-SSCA. Também foi utilizada a técnica de PCR-RFLP para a detecção das mutações F1, F2 e K. Nem sempre houve correspondência entre fenótipo e genótipo, principalmente em relação ao fenótipo BCHE UF. As frequências das mutações A (1,21% ± 0,16%) e K (17,5% ± 0,8%) não diferiram significativamente das de outros estudos. Conforme esperado, foi detectado desequilíbrio de ligação entre as mutações A (BCHE*70G) e K (BCHE*539T), representando 74% do desequilíbrio máximo. As frequências das mutações F1 e F2 (0,07% ± 0,03% e 0,34% ± 0,08%, respectivamente) são as primeiras obtidas por análise direta do DNA, a partir de dados populacionais. A frequência conjunta das mutações F1 e F2 (0,41% ± 0,09%) não diferiu significativamente da frequência do alelo BCHE*F encontrada por outros autores em amostras de Curitiba. Foram encontradas 11 mutações não classificadas, sendo que pelo menos duas dessas ainda não haviam sido descritas. As amostras com as mutações A, F1+F2 e K foram comparadas quanto ao IMC e altura com seus respectivos controles usuais. A variância do IMC das amostras heterozigotas para a mutação K foi significativamente maior que a de seus controles homozigotos usuais. Quando as amostras com as mutações F1+F2 foram analisadas em conjunto com as amostras de fenótipo BCHE UF do estudo de FADEL-PICHETH (1991), a média da altura do grupo não usual foi significativamente maior que a de seus controles usuais. Esses resultados corroboram a hipótese de que a BChE tenha papel no metabolismo de lípides e também indicam que a BChE esteja relacionada com o processo de crescimento. Abstract: In the present study, a sample of 3001 blood donors from Curitiba was screened by a methodology of enzyme inhibition in order to classify the phenotypes of butyrylcholinesterase. The non-usual variants detected by this methodology were then analyzed by PCR-SSCA. For the detection of the FI, F2 and K mutations, the RFLP technique was also used. Correspondence between phenotype and genotype was not absolute, mainly on what concerns the BCHE UF phenotype. The frequencies of the A (1.21% ± 0.16%) and K (17.5% ± 0.8%) mutations did not significantly differ from those of other studies. As expected, linkage disequilibrium was detected between the A (BCHE*70G) and K (BCHE*539T) mutations, representing 74% of the maximum disequilibrium. The frequencies of the FI and F2 mutations (0.07% ± 0.03% and 0.34% ± 0.08%, respectively) are the first ones obtained from population data by direct DNA analysis. The joined frequency of the FI and F2 mutations (0.41% ± 0.09%) did not significantly differ from the frequency of the BCHE*F allele found by other authors for samples from Curitiba. A total of 11 non-classified mutations was found and at least two of them had not yet been described. The samples with the A, F1+F2 and K mutations were compared to their respective usual controls in relation to IMC and height. The variance of IMC from heterozygous samples for the K mutation was significantly higher than that of their homozygous usual controls. When the samples with the F1+F2 mutations were analyzed together with the samples with the BCHE UF phenotype from the study of FADEL-PICHETH (1991), the mean height of the non-usual group was significantly higher than that of their usual controls. These results support the hypothesis that BChE plays a role in lipid metabolism and also indicate that BChE is related to the growth process.
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