Avaliação, através da análise de regiões hipervariáveis do genoma humano, da recuperação autóloga, alogênica ou quimérica em pacientes com anemia aplástica severa, submetidos ao transplante de medula óssea
Resumo
Resumo: Foram estudados trinta e sete pacientes com anemia aplástica severa, submetidos ao transplante de medula óssea, no período de 1983 a 1998, no Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. A avaliação da recuperação autóloga, alogênica e quimérica através da análise de regiões hipervariáveis do genoma humano pelo emprego da PCR em amostras de sangue periférico (do paciente e do doador) e de fios de cabelo (do paciente), foi realizada no Laboratório de Imunogenética do Serviço de Análises Clínicas da UFPR. Foram estudados seis locos VNTR: D1S80, ACTBP2, TH01, ARA, 33.6 e TPO. Das 222 reações de amplificação realizadas apenas uma (0,45%) não teve sucesso. Das 221 restantes, 133 (60,18%) foram informativas e 88 (39,82%) foram não informativas. A aplicação do teste do x2, com o objetivo de avaliar se os resultados informativos e não informativos distribuíram-se igualmente nos seis locos analisados, indicou um valor de x2 5 = 10,898. P > 0,05, não significativo. Quatro (10,8%) pacientes apresentaram recuperação autóloga. Todos estes apresentaram rejeição e um apresentou DECH. Estes pacientes não foram incluídos nas análises estatísticas. Dezoito (48,65%) dos pacientes apresentaram recuperação alogênica e quinze (40,54%) apresentaram quimerismo. Com o objetivo de avaliar se a ocorrência de rejeição e DECH, independe do tipo de recuperação (alogênica ou quimérica) aplicamos aos dados o teste exato de Fisher que indicou valores de P = 1,26% e P = 3,60% (significantes), respectivamente. Verificamos também, que o tipo de recuperação independe do tipo do condicionamento (CFA 200 mg/kg de peso ou CFA 200 mg/kg de peso + BUS 12 mg/kg de peso): P = 46,10%, não significante. Nos pacientes que apresentaram recuperação quimérica com até 55% de células do doador e com 80 a 95% de células do doador, verificamos se a ocorrência de rejeições ou DECH, independe do grau de quimerismo. O teste exato de Fisher indicou valores de P = 10,02% e P = 53,33% (não significantes), respectivamente. Também, o grau de quimerismo independe do tipo de condicionamento (CFA 200 mg/kg de peso ou CFA 200 mg/kg de peso + BUS 12 mg/kg de peso), conforme o valor do teste exato de Fisher (P = 59,52%, não significante). A análise do coeficiente de regressão indicou que o tipo de recuperação quimérica (com até 55% de células do doador), quimérica (com 80 a 95% de células do doador) e alogênica depende do tempo de coleta do material após o TMO (b=0,0071 ± 0,0033; t = 2,151; P < 0,05).
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