Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorOliveira, Ricardo Costa de, 1964-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Sociologiapt_BR
dc.creatorZiegmann, André Barschpt_BR
dc.date.accessioned2024-03-22T12:22:41Z
dc.date.available2024-03-22T12:22:41Z
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/87229
dc.descriptionOrientador: Prof. Dr. Ricardo Costa de Oliveirapt_BR
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Defesa : Curitiba, 13/12/2023pt_BR
dc.descriptionInclui referênciaspt_BR
dc.description.abstractResumo: O presente estudo aborda o fisiologismo na política brasileira, um comportamento reconhecido como uma forma de adesão a governos ideologicamente distintos. O que nos motivou a selecionar esse tema foi a inexistência de uma pesquisa sistemática sobre o assunto, a despeito da expressão fisiologismo ser usada de forma corriqueira na imprensa e trabalhos acadêmicos. A pesquisa visou combinar os 04 (quatro) métodos: genealógico, prosopográfico também conhecido como biografias coletivas, além do levantamento bibliográfico e da análise documental. Esses métodos foram utilizados para analisar a trajetória política e genealógica de 216 parlamentares, que foram eleitos ao menos três vezes entre 1990 e 2018, para a Câmara Federal ou para o Senado, por organizações partidárias classificadas como fisiológicas, sendo esse o objeto de nossa tese. Chamamos esse grupo de elite fisiológica. Selecionamos 05 (cinco) famílias de líderes destacados desse conjunto de políticos, para desenvolvermos uma análise qualitativa das suas genealogias familiares. As famílias escolhidas são as seguintes: Sarney, Calheiros, Barbalho, Lira-Pereira e Barros. Os dados para o desenvolvimento dessa investigação foram coletados no sítio eletrônico do Tribunal Superior Eleitor (TSE), no Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro (DHBB) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e junto aos Repertórios Biográficos da Câmara Federal e às informações disponibilizadas pelo PRODASEN do Senado Federal, além de informações colhidas em matérias e reportagens de variados sites jornalísticos. Combinada à análise dos dados e das genealogias familiares, elaboramos uma investigação histórica acerca da formação e consolidação do Estado Autoritário criado no Brasil após o Golpe de 1964. Essa tarefa foi essencial para compreendermos as raízes da elite fisiológica. As informações numéricas, genealógicas e históricas foram analisadas com o apoio de uma combinação de referencias teóricos. As Teorias Centradas no Estado (PRZEWORSKI, 1995), que possuem como expoentes Max Weber, Theda Skocpol, Otto Hintze e Raymundo Faoro, considera o Estado um ator de peso, que exerce grande influência no conflito político que se desenrola nas sociedades (SKOCPOL, 1979). A Teoria das Elites nos possibilitou selecionar os indivíduos para nossa pesquisa. Fizemos uso particularmente da versão de Charles W. Mills, que afirmava ser possível identificar a elite no topo das principais instituições da sociedade moderna (MILLS, 1981). Por sua vez, a teoria do nepotismo, ao colocar as famílias como um elemento central da análise política, constata que as conexões entre estruturas de poder e parentesco geram o fenômeno do familismo na política (OLIVEIRA, 2012). Os dados levantados foram apresentados em quadros e tabelas, e as biografias dos dirigentes selecionados para o estudo qualitativo foram expostas através de uma reconstituição de suas genealogias. Constatou-se que o germe da elite fisiológica está na Ditadura Militar implementa em 1964, particularmente no partido de sustentação daquele regime, a ARENA/PDS. Com o declínio e fim da ordem autoritária, muitos políticos que pertenciam a essa organização migraram para o então PMDB, o que levou o fisiologismo para esse partido. Evidenciou-se também que existe uma associação entre fisiologismo e nepotismo, pois a longa permanência no governo, maximiza a capacidade de favorecer parentes e interesses familiares a partir do Estado.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: The present study addresses physiologism in Brazilian politics, a behavior recognized as a form of adherence to ideologically different governments. What motivated us to select this topic was the lack of systematic research on the subject, despite the expression physiologism being used routinely in the press and academic works. The research aimed to combine 04 (four) methods: genealogical, prosopographic also known as collective biographies, in addition to bibliographical survey and documentary analysis. These methods were used to analyze the political and genealogical trajectory of 216 parliamentarians, who were elected at least three times between 1990 and 2018, to the Federal Chamber or to the Senate, by physiological political parties, which is the object of our thesis. We call this group the physiological elite. We selected 05 (five) families of prominent leaders from this group of politicians, to develop a qualitative analysis of their family genealogies. The families chosen are the following: Sarney, Calheiros, Barbalho, Lira-Pereira and Barros. The data for the development of this investigation were found on the website of the Superior Electoral Court (TSE), in the Brazilian Historical Biographical Dictionary (DHBB) of Fundação Getúlio Vargas (FGV), and in the Biographical Repertories of the Federal Chamber and information made available by PRODASEN, of the Federal Senate, in addition to information collected from materials and reports from various journalistic websites. Combined with the analysis of data and family genealogies, we developed a historical investigation into the formation and consolidation of the Authoritarian State created in Brazil after the 1964 Coup. This task was essential for understanding the roots of the physiological elite. Numerical, genealogical and historical information was analyzed with the support of a combination of theoretical references. State-Centered Theories (PRZEWORSKI, 1995), which have as exponents Max Weber, Theda Skocpol, Otto Hintze and Raymundo Faoro, consider the State to be a major actor, which exerts great influence on the political conflict that unfolds in societies (SKOCPOL, 1979). The Elite Theory allowed us to select individuals for our research. We made particular use of Charles W. Mills version, which stated that it was possible to identify the elite at the top of the main institutions of modern society (MILLS, 1981). In turn, the theory of nepotism, by placing families as a central element of political analysis, finds that the connections between structures of power and kinship generate the phenomenon of familism in politics (OLIVEIRA, 2012). The data collected was presented in charts and tables, and the biographies of the leaders selected for the qualitative study were exposed through a reconstruction of their genealogies. It was found that the germ of the physiological elite is in the Military Dictatorship implemented in 1964, particularly in the party supporting that regime, ARENA/PDS. With the decline and end of the authoritarian order, many politicians who belonged to this organization migrated to the then PMDB, which led to the physiologism of this party. It was also evident that there is an association between physiologism and nepotism, as a long stay in government maximizes the ability to favor relatives and family interests from the State.pt_BR
dc.format.extent1 recurso online : PDF.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.subjectNepotismopt_BR
dc.subjectElites (Ciências sociais)pt_BR
dc.subjectFamílias de classe altapt_BR
dc.subjectPolíticos - Comportamentopt_BR
dc.subjectCiências Humanaspt_BR
dc.titleA elite fisiológica : de suas raízes no bipartidarismo do regime militar à formação de uma base política nos pequenos municípios brasileiros na Nova Repúblicapt_BR
dc.typeTese Digitalpt_BR


Arquivos deste item

Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples