Navegando no mercado global : uma análise dos pronunciamentos sobre comércio exterior nos governos de FHC e Lula, (1995-2010)
Resumo
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo identificar as continuidades e rupturas nos pronunciamentos sobre o tema de Comércio Exterior no contexto da política externa brasileira durante os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). O estudo busca compreender as diferentes formas de autonomia adotadas pela PEB após a redemocratização e analisar as orientações políticas relacionadas ao comércio exterior durante ambos os governos. Além disso, pretende investigar se as mudanças nas lógicas de autonomia resultaram em rupturas e continuidades nos pronunciamentos brasileiros sobre comércio exterior durante o período analisado. A pesquisa se baseou na hipótese de que é possível identificar as diferentes formas de busca pela autonomia nos pronunciamentos sobre a temática de comércio exterior. Os objetivos específicos do trabalho são: definir as diferentes formas de autonomia na PEB pós-redemocratização; compreender as orientações políticas adotadas nos governos FHC e Lula em relação ao comércio exterior; e identificar se as mudanças nas lógicas de autonomia resultaram em rupturas e continuidades nos pronunciamentos sobre comércio exterior ao longo desses governos. Os pronunciamentos foram os objetos de pesquisa, coletados e analisados no total de 644, retirados de 32 edições da revista "Resenhas de Política Exterior Brasileira", publicada semestralmente pelo Ministério das Relações Exteriores. A literatura aponta três diferentes autonomias após a redemocratização: a autonomia pela distância, autonomia pela participação e autonomia pela diversificação, neste trabalho foi dado maior enfoque para as duas últimas. A análise dos pronunciamentos possibilitou identificar os diferentes Estados-ouvintes, quais as funções das figuras que presenciaram o mesmo, a localidade no qual foi proferido e o que foi dito. Foi possível identificar que a autonomia pela participação e a autonomia pela diversificação não estiveram fixadas em determinados períodos, mas existiram momentos em que pode ser identificada uma alternância nas autonomias a depender do ouvinte e contexto. Abstract: This dissertation aims to identify the continuities and ruptures in pronouncements on the topic of Foreign Trade in the context of Brazilian foreign policy during the governments of Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) and Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). The study seeks to understand the different forms of autonomy adopted by brazilian foreign policy after democratization and analyze the political orientations related to foreign trade during both governments. Additionally, it intends to investigate whether changes in autonomy logics resulted in ruptures and continuities in Brazilian pronouncements on foreign trade during the analyzed period. The research was based on the hypothesis that it is possible to identify different forms of autonomy-seeking in pronouncements related to foreign trade. The specific objectives of the work are to define the different forms of autonomy in brazilian foreign policy after democratization, to understand the political orientations adopted in foreign trade by the FHC and Lula administrations, and to identify whether changes in autonomy logics resulted in ruptures and continuities in pronouncements on foreign trade throughout these governments. The pronouncements were the objects of research, with a total of 644 collected and analyzed from 32 editions of the journal "Resenhas de Política Exterior Brasileira", published biannually by the Ministry of Foreign Affairs. The literature points to three different autonomies after democratization: autonomy through distance, autonomy through participation, and autonomy through diversification. This work focused more on the latter two. The analysis of the pronouncements made it possible to identify the different receiving states, the roles of the figures present, the location in which they were delivered, and what was said. It was possible to identify that autonomy through participation and autonomy through diversification were not fixed to specific periods, but there were moments when a shift in autonomy could be identified depending on the audience and context.
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