Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorVieira, Priscila Piazentini, 1981-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Históriapt_BR
dc.creatorMelo, Ana Paula Branco dept_BR
dc.date.accessioned2024-02-21T12:43:33Z
dc.date.available2024-02-21T12:43:33Z
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/86595
dc.descriptionOrientadora: Profa. Dra. Priscila Piazentini Vieirapt_BR
dc.descriptionDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História. Defesa : Curitiba, 01/12/2023pt_BR
dc.descriptionInclui referênciaspt_BR
dc.description.abstractResumo: Maura Lopes Cançado nasceu em 1929, na cidade de São Gonçalo do Abaeté (MG). Esta dissertação de mestrado analisa a sua escrita no livro Hospício é Deus (1965), produzido durante a internação da autora entre os anos 1959 e 1960, no hospital Gustavo Riedel, no estado do Rio de Janeiro. Maura é uma escritora e, portanto, utiliza-se da sua própria ferramenta artística, seja no texto autobiográfico ou autoficcional para conceber, organizar e criar sua vida e, de certa forma, das pessoas à sua volta, como suas companheiras de internação, quando faz sair para além dos muros do hospício suas palavras e contos de horror, de violência, de afetos e de resistências cotidianas. Maura olha para o passado e para o presente de forma analítica, o que não significa sempre pautar-se pelos códigos da racionalidade e da lógica. A partir de textos e conceitos de Michel Foucault, Donna Haraway, Leonor Arfuch, Serge Doubrovsky, Margareth Rago, Margaret McLaren, Carla Cristina Garcia, Norma Telles, entre outros, afirmamos uma perspectiva teórico-metodológica que leva em consideração o método histórico genealógico e a produção de saberes localizados que são guiados pela epistemologia feminista e os estudos de gênero, com atenção especial para as pesquisas que discutem a loucura feminina. Nesta pesquisa, assim, em primeiro lugar, ressaltamos algumas das recepções do trabalho de Maura pela crítica literária carioca, com destaque para Assis Brasil, principalmente para atentarmos para os perigos da essencialização da loucura na escrita de mulheres; em segundo lugar, discutimos e investigamos os modos de produção da subjetividade de Maura via escrita, enfatizando o papel das construções narrativas sobre si e sobre as outras na transfiguração de si e na estetização da própria existência de Maura; e, em terceiro lugar, compreendemos a escritacriação de Maura sobre as outras internas no espaço manicomial como um deslocamento dos saberes psi, transformando os olhares que os médicos e os psiquiatras do período tinham sobre as mulheres ditas loucas. Com isso, defendemos que essa escrita-criação de Maura é uma estratégia de resistência – para si e para as outras – ao apagamento e aniquilação do eu, decorrente da psiquiatrização da produção normativa de gênero.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: Maura Lopes Cançado was born in 1929 in the city of São Gonçalo do Abaeté (MG). This master's thesis analyzes her writing in the book Hospício é Deus (1965), produced during the author's hospitalization between 1959 and 1960 at the Gustavo Riedel hospital in Rio de Janeiro. Maura is a writer and, therefore, uses her artistic tool, whether in autobiographical or autofictional text, to conceive, organize, and create her life and, in a certain way, that of the people around her, such as her fellow inmates, when makes her words and tales of horror, violence, affections and everyday resistance come out beyond the walls of the asylum. Maura looks at the past and present analytically, which does not always mean being guided by the codes of rationality and logic. Based on texts and concepts by Michel Foucault, Donna Haraway, Leonor Arfuch, Serge Doubrovsky, Margareth Rago, Margaret McLaren, Carla Cristina Garcia, and Norma Telles, among others, we affirm a theoretical-methodological perspective that takes into account the genealogical method and the production of localized knowledge that is guided by feminist epistemology and gender studies, with particular attention to research that discusses female madness. In this research, firstly, we highlight some of the receptions of Maura's work by Rio's literary critics, with emphasis on that of Assis Brasil, mainly to draw attention to the dangers of the essentialization of madness in writing of women; secondly, we discuss and investigate the modes of production of Maura's subjectivity via writing, emphasizing the role of narrative constructions about herself and others in the transfiguration of herself and the aestheticization of Maura's existence; thirdly, we understand Maura's writing-creation about the other inmates in the asylum space as a displacement of psi knowledge, transforming the views that doctors and psychiatrists of the period had on so-called crazy women. With this, we argue that Maura's writing creation is a strategy of resistance – for herself and others – against the erasure and annihilation of the self, resulting from the psychiatrization of normative gender production.pt_BR
dc.format.extent1 recurso online : PDF.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.subjectCançado, Maura Lopes, 1930-1993pt_BR
dc.subjectSubjetividadept_BR
dc.subjectDoenças mentaispt_BR
dc.subjectMulherespt_BR
dc.subjectHistóriapt_BR
dc.title"O pátio de mulheres existindo em dor e beleza" : criar a si e a outras através de uma escrita de si em Hospício é Deus (1965), de Maura Lopes Cançadopt_BR
dc.typeDissertação Digitalpt_BR


Arquivos deste item

Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples