Resgate de pupunheira (Bactris gasipaes Kunth) por meio de técnicas de macro e micropropagação
Resumo
Resumo: A pupunheira (Bactris gasipaes Kunth) é uma palmeira nativa da Amazônia, muito apreciada por seus frutos e palmito. Devido ao rápido crescimento e perfilhamento, destaca-se como alternativa para a produção comercial; entretanto sua produção via seminal resulta em grande heterogeneidade nas mudas produzidas. Logo, a utilização de técnicas de propagação vegetativa é oportuna, pois possibilita a multiplicação de clones de interesse. Contudo, essa alternativa apresenta limitações, uma vez que para as técnicas testadas até o momento, as taxas de sobrevivência ainda são baixas. O presente trabalho foi dividido em três capítulos, onde o objetivo foi avaliar aspectos referentes ao resgate de perfilhos de pupunheira, por meio de técnicas de macro e micropropagação. No capítulo um os tratamentos aplicados permitiram avaliar a relação quanto à densidade e porosidade de diferentes composições de substratos com as taxas de sobrevivência e desenvolvimento de perfilhos resgatados do campo e cultivados em casa de vegetação. Após 155 dias obteve-se 76% de sobrevivência sem diferença entre os tratamentos utilizados. Dentre as variáveis avaliadas, a umidade apresentou diferença significativa, indicando que o substrato composto somente por terra é prejudicial ao cultivo da espécie, uma vez que a alta densidade limita o desenvolvimento radicial e favorece o encharcamento, não tolerado pela espécie. No capítulo dois foi avaliada a sobrevivência e o desenvolvimento de novas raízes em perfilhos isolados da planta matriz e submetidos ao processo de amontoa em diferentes épocas, seguido da avaliação de sobrevivência pós-transplantio a campo. Após 255 dias obteve-se média geral de 63% de sobrevivência, sem diferença entre as épocas de instalação, onde todos os perfilhos sobreviventes desenvolveram novas raízes. Esses perfilhos foram transplantados a campo e após 90 dias apresentaram 74% de sobrevivência. No capítulo três o objetivo foi testar métodos de desinfestação de ápices caulinares de pupunheira seguido da indução organogênica de novas brotações. Foram testados 8 tratamentos com diferentes combinações de citocininas (2ip e BAP) e auxina (NAA). O processo de desinfestação foi eficiente durante a fase de introdução; entretanto, com o declínio do vigor, microorganismos se desenvolveram, inviabilizando o desenvolvimento dos explantes. Após 140 dias de cultivo, não foi observado desenvolvimento de brotações. Abstract: The peach palm (Bactris gasipaes Kunth) is a native palm tree of the Amazon region, much appreciated for its fruit and hearts of palm. Due to its rapid growth and tillering, it stands out as an alternative for commercial production; however, its production via seeds results in great heterogeneity in the produced seedlings. Therefore, the use of vegetative propagation techniques is opportune, as it allows the multiplication of clones of interest. However, this alternative has limitations, since for the techniques tested so far, survival rates are still low. The present work was divided into three chapters, where the objective was to evaluate aspects related to the rescue of Peach Palm shoots, through macro and micropropagation techniques. In the chapter, the treatments applied allowed the evaluation of the relationship regarding the density and porosity of different substrate compositions with the survival and development rates of tillers rescued from the field and cultivated in a greenhouse. After 155 days, 76% survival was obtained, with no difference between the treatments used. Among the variables evaluated, humidity showed significant difference, indicating that the substrate composed only of soil is harmful to the cultivation of the species, since its high density limits root development and favors waterlogging, which is not tolerated by the species. In chapter two it was evaluated the survival and development of new roots in tillers isolated from the mother plant and subjected to mound layering at different times, followed by the evaluation of post-transplant survival at field. After 255 days, an overall survival rate of 63% was obtained, with no difference between the installation times, where all surviving tillers developed new roots. These shoots were transplanted to the field and after 90 days showed 74% survival. In chapter three, the objective was to test methods of disinfecting Peach Palm stem apical followed by organogenic induction of new sprouts. Eight treatments with different combinations of cytokinins (2ip and BAP) and auxin (NAA) were tested. The disinfestation process was efficient during the introduction phase; however, with the decline in vigor, microorganisms developed, making the development of explants unfeasible. After 140 days of cultivation, shoot development was not observed.
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