Monitoramento molecular e sorológico de SARS-CoV-2 em pessoas privadas de liberdade e agentes carcerários da penitenciária feminina do Paraná, Brasil
Resumo
Resumo: Em 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou o estado de pandemia causado pela propagação global do SARS-CoV-2, o agente causador da COVID-19. Os primeiros relatos da doença foram vistos em dezembro de 2019 em um mercado de frutos do mar localizado em Wuhan (China), no qual animais exóticos vivos e mortos eram vendidos. A pandemia de COVID-19 afetou prisões em todo o mundo acometendo pessoas privadas de liberdade (PPL) que já se encontravam incluídas entre as três populações mais vulneráveis às zoonoses. O Brasil tem a terceira maior população prisional em termos absolutos, e a quarta maior população prisional feminina do mundo, tendo sido um dos países mais severamente afetados pela pandemia de COVID-19. Estudos sorológicos com PPL e agentes prisionais tem se mostrado uma ferramenta importante no controle da COVID-19 em ambientes prisionais. Este estudo teve como objetivo avaliar a Penitenciária Estadual Feminina do Paraná (PFP) por meio do levantamento sorológico (ELISA) e molecular (RT-PCR). Além disso, foi aplicado um questionário epidemiológico a todos os participantes da pesquisa. Neste estudo foram coletadas 373 amostras de PPL e 84 amostras de funcionários da PFP no período de 19 a 22 de outubro de 2020. Na avaliação do grupo de PPL, obteve-se uma taxa positiva de 35,4%, 46,7% e 0,5% para RBD IgG, NTD IgM e PCR respectivamente, enquanto que para agentes penitenciários, os resultados encontrados foram de 32,1%, 25% e 0,5% para RBD IgG, NTD IgM e PCR, respectivamente. Abstract: In 2020, the World Health Organization (WHO) announced the status of a pandemic caused by the global spread of SARS-CoV-2, the causative agent of COVID-19. The first reports of the disease were seen in December 2019 at a seafood market located in Wuhan (China), where live and dead exotic animals were sold. The COVID-19 pandemic affected prisons around the world, affecting inmates who were already among the three populations most vulnerable to zoonoses. Brazil has the third largest prison population in absolute terms, and the fourth largest female prison population in the world, having been one of the countries most severely affected by the COVID-19 pandemic. Serological studies with inmate and prison agents have proven to be an important tool in the control of COVID-19 in prison environments. This study aimed to evaluate the State Penitentiary for Women of Paraná (PWP) through serological (ELISA) and molecular (RT-PCR) surveys. In addition, an epidemiological questionnaire was applied to all research participants. In this study, 373 samples of inmates and 84 samples of PWP employees were collected from October 19 to 22, 2020. In the evaluation of the inmate group, a positive rate of 35.4%, 46.7% and 0.5% for RBD IgG, NTD IgM and PCR respectively, while for correctional officers, the results found were 32.1%, 25% and 0.5% for RBD IgG, NTD IgM and PCR, respectively.
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