Efeito de diferentes modelos de progressão no treinamento de força sobre a força e hipertrofia muscular em homens treinados
Resumo
Resumo: A progressão no treinamento de força (TF) envolve a manipulação das variáveis para providenciar estímulo suficiente para posteriores ajustes. Sabe-se que o volume de treinamento é uma variável crítica para a hipertrofia muscular, no entanto, não há evidências que tenham objetivado investigar diferentes modelos de progressão no volume de séries semanais em participantes treinados. Portanto, o objetivo do presente estudo foi verificar o efeito de diferentes modelos de progressão no número de séries semanais sobre a força e hipertrofia muscular em participantes treinados. 31 participantes (experiência com TF 5.1 ± 2.2 anos; força relativa a massa corporal no agachamento livre 1.7 ± 0.1 u.a.) foram alocados para os respectivos grupos: Grupo Constante (GC; n = 10) com um volume fixo de 22 séries semanais para membros inferiores; Grupo 4 (G4; n = 10) e 6 (G6; n = 11) séries com progressão de 4 e 6 séries semanais, respectivamente a cada 2 semanas. Todos os grupos iniciaram o programa de treinamento com 22 séries semanais. Os participantes realizaram um programa de treinamento para membros inferiores com frequência semanal de 2 dias por 12 semanas. A força muscular foi avaliada pelo teste de uma ação muscular voluntária dinâmica máxima (1RM) no agachamento livre e a hipertrofia muscular foi inferida pela área de secção transversa (AST) do vasto lateral e a soma das espessuras musculares (SigmaEM) de diferentes comprimentos (30, 50 e 70% do comprimento do fêmur) da porção lateral da coxa, sendo avaliadas pré e pós-treinamento. Após a intervenção, as comparações post hoc revelaram que o G6 elicitou maiores ganhos que o G4 (p = 0.002) e GC (p < 0.0001), bem como o G4 em comparação ao GC (p = 0.023). Em adição, não foram detectadas diferenças significativas entre os grupos para AST (p = 0.067) e SigmaEM (p = 0.076). Nossos achados sugerem que modelos de progressão baseados no número de séries semanais possuem um comportamento de dose-resposta para força dinâmica máxima mas não para hipertrofia muscular de membros inferiores, no entanto, as estimativas sugerem um leve e modesto favorecimento de maiores volumes para hipertrofia muscular, no entanto, é necessário interpretar os dados com cautela. Cientistas do esporte e praticantes podem se beneficiar de modelos de progressão para maximização da força e hipertrofia muscular em conjunto. Abstract: Progression in resistance training (RT) involves manipulating training variables to provide sufficient stimuli for further adaptation during a training period. Training volume is a critical variable for muscle hypertrophy; however, there is no evidence that has directly compared different progression models in training volume - quantified by the number of weekly sets per muscle group - in resistance-trained individuals. Thus, our purpose was to compare different progression models varying in volume on lower body strength and size in resistance-trained males. Thirty-one participants (age 24.4 ± 2.9 years; height 175.5 ± 6.5 cm; body mass 80.1 ± 9.4 kg; RT experience 5.1 ± 2.2 years; 1RM squat to body mass ratio 1.7 ± 0.1 a.u.) were allocated to the following groups: Constant Group (CG; n = 10) with a fixed volume of 22 sets per week; 4 (4S; n = 10) and 6 (6S; n = 11) sets progression groups that increased either 4 and 6 sets per week, respectively, every 2 weeks. All groups started the training program at 22 sets per week. Participants performed a lower-limb training program with a weekly frequency of 2 days per week for 12 weeks. Before and after the training programs, muscle strength was assessed using a one-repetition maximum (1RM) test for barbell back squat and muscle hypertrophy was assessed by cross-sectional area (CSA) of the vastus lateralis and the sum of muscle thickness (SigmaMT) of different lengths (30, 50, and 70% of femur length) of the lateral thigh. There was a significant group by time interaction for muscle strength (F(2,28) = 24.062; p < 0.001). Post hoc comparisons revealed that G6 elicited greater strength-related gains than G4 (p = 0.001) and CG (p < 0.001), and G4 was superior to CG (p = 0.027). There was no differences between groups over time for CSA (p = 0.072) nor SigmaEM (p = 0.090). Our findings suggest that progression models based on the number of weekly sets have a dose-response pattern for maximum dynamic strength but not for quadriceps hypertrophy. Although modest, effect sizes and 95% confidence intervals suggest that higher volume conditions could provide slight advantage in hypertrophic adaptations. Coaches and practitioners may benefit from progression models to maximize strength gains and hypertrophy adaptations in resistance-trained males.
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