Detecção de SARS-CoV-2 e presença de anticorpos anti-SARS-CoV-2 em felídeos e funcionários de contato no Zoológico Municipal de Curitiba
Resumo
Resumo: As zoonoses são doenças que acometem tanto animais quanto seres humanos e são de interesse clínico de longa data. Os coronavírus (CoV) pertencem a uma família de vírus que acometem animais e humanos, podendo causar infecções respiratórias leves, moderadas e graves. O membro mais novo da família causador de infecções em humanos foi detectado em 2019 na China sendo nomeado como SARS-CoV-2 (Síndrome Respiratória Aguda grave 2), responsável por vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, o novo coronavírus espalhou-se rapidamente por todos os continentes, sendo decretada pandemia em 11 de março de 2020 pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os animais selvagens de cativeiro podem ser infectados pelo SARS-CoV-2, devido ao convívio com tratadores ou profissionais de contato. Alguns casos nos Estados Unidos da América (EUA), em Barcelona, Espanha e na Holanda foram reportados em animais de fazendas de criação e em animais silvestres de cativeiro. Diante da atual pandemia de COVID- 19 e do relatos em outros zoológicos, o estudo permitiu verificar se há infecção em felídeos, que são considerados suscetíveis à infecção, e funcionários de contato por testes de RT-PCR, e também por teses sorológicos os funcionários do Zoológico Municipal de Curitiba para análise do desenvolvimento de anticorpos específicos e correlação a resposta vacinal. O Zoológico Municipal de Curitiba está entre os cinco maiores do Brasil, com 2.300 animais pertencentes à aproximadamente 300 espécies, distribuídas em 530 metros quadrados de área, este estudo é um dos pioneiros na testagem de felídeos de Zoológico na América do Sul. Nos funcionários de contato foram realizadas duas coletas de amostras para teste RT-PCR e duas coletas de amostras de sangue para sorologia. Entre os funcionários durante a primeira coleta realizada antes da primeira dose da vacina contra COVID-19 um funcionário foi positivo, na segunda coleta todos os testes de RT-PCR foram negativos. Abstract: Zoonoses are diseases that affect animals and humans and are of long-standing clinical interest. Coronaviruses (CoV) belong to a family of viruses that affect animals and humans and cause mild to severe respiratory infections. The newest member of the family that causes infections in humans was detected in 2019 in China, being named as SARS-CoV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome 2), responsible for several cases of pneumonia in the city of Wuhan, the new coronavirus spread rapidly across all continents, being declared a pandemic on March 11, 2020 by the World Health Organization (WHO). Captive wild animals can be infected with SARS-CoV-2, due to living with caretakers or contact professionals. Some cases in the United States of America (USA), Barcelona, Spain and the Netherlands have been reported in farm animals and in captive wild animals. In light of the current COVID-19 pandemic and the reports in other zoos, the study allowed to verify whether there is infection in felids, which are considered susceptible to infection, and contact employees by RT-PCR tests, as well as by serological tests. from the Curitiba Municipal Zoo to analyze the development of specific antibodies and correlation with vaccine response. The Curitiba Municipal Zoo is among the five largest in Brazil, with 2,300 animals belonging to approximately 300 species, distributed in 530 square meters of area, this study is one of the pioneers in the testing of zoo felids in South America. In contact employees, two sample collections were performed for RT-PCR test and two collections of blood samples for serology. Among employees during the first collection performed before the first dose of the vaccine against COVID-19, one employee was positive, in the second collection all RT-PCR tests were negative.
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