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dc.contributor.advisorBridi, Maria Aparecida da Cruz, 1964-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Sociologiapt_BR
dc.creatorRosso, Kelem Ghellerept_BR
dc.date.accessioned2023-01-16T16:30:08Z
dc.date.available2023-01-16T16:30:08Z
dc.date.issued2022pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/80732
dc.descriptionOrientadora: Profa. Dra. Maria Aparecida Bridipt_BR
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Defesa : Curitiba, 05/09/2022pt_BR
dc.descriptionInclui referênciaspt_BR
dc.description.abstractResumo: Esta tese propõe um estudo sobre a rede de restaurantes Madero, nascida em 2005, uma empresa do setor de fast-food que iniciou atividades no Paraná e ampliou-se em direção a outros estados da Federação. Em 2020, atingiu a marca de oito mil funcionários e 250 restaurantes, uma fábrica central e uma fazenda, essa voltada para a produção dos vegetais consumidos nas suas unidades. Sua estrutura é altamente verticalizada, com controle desde o processo de produção dos alimentos até o setor de logística e de recursos humanos, e não aderiu ao franqueamento e terceirização, contrariando tendências do ramo. Além dessa particularidade, a força de trabalho da empresa é prioritariamente juvenil, resultado da estratégia de recrutamento em cidades interioranas do país e associada à oferta de alojamentos para todos os funcionários. Quais as implicações desse modelo sobre as condições de trabalho? Qual lugar o jovem trabalhador ocupa na acumulação de capital do Grupo Madero? Qual o sentido da verticalização para a empresa? O objetivo desta pesquisa é, portanto, identificar e analisar as estratégias de exploração e controle da força de trabalho utilizadas pelo Grupo Madero, por meio da análise da sua constituição, da trajetória do seu fundador e presidente, Júnior Durski, e família, em sua conexão com a particularidade da estrutura social brasileira e o caráter da burguesia nativa. Para isso, adotamos uma metodologia qualitativa que envolveu o exame da narrativa de Durski, sobre a sua trajetória e de construção da marca, bem como a cadeia de produção de valor da empresa. Como fontes utilizamos os relatos espontâneos feitos por funcionários e exfuncionários do Madero, produzidos por eles mesmos em formato de vídeo e disponibilizados em seus canais no YouTube; matérias jornalísticas sobre a empresa e seu fundador; participações de Durski em eventos, disponíveis no YouTube e Instagram; publicações dos diretores da empresa em seus perfis no Instagram; materiais produzidos pelo grupo, além dos dados da empresa disponibilizados pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Apoiamos nossa investigação na literatura pertinente sobre a formação social brasileira, o capitalismo dependente e as mudanças no trabalho e regime de acumulação. A partir desse estudo apreendemos que as estratégias de gestão de pessoas da empresa correspondem a um processo de reciclagem de recursos arcaicos de exploração do trabalho no Brasil com o intuito de flexibilizar essas relações. A flexibilidade foi observada, principalmente, na organização da jornada de trabalho e no uso do constante deslocamento dos funcionários entre restaurantes de todo o país, adaptando-os às necessidades da empresa. Esse processo tem como premissa a permanência desses jovens trabalhadores na condição de migrantes, por meio da forma particular de uma desterritorialização programada que os retira da rede de apoio familiar e, simultaneamente, acentua sua imobilidade quanto ao trabalho e à participação sindical. Assim, identificamos no Grupo Madero e no seu processo de acumulação de capital, como mostra a trajetória da família Durski, aspectos do caráter estrutural da burguesia e do mercado de trabalho no capitalismo dependente brasileiro, da questão étnica/racial e da questão regional, articulados de uma forma particular e reciclada no presente.pt_BR
dc.description.abstractResumen: Esta tesis propone un estudio sobre la cadena de restaurantes Madero, nacida en 2005, una empresa del sector de comidas rápidas que inició actividades en Paraná y se expandió a otros estados de la Federación. En 2020, alcanzó la marca de 8.000 empleados y 250 restaurantes, una fábrica central y una finca, esta última enfocada a la producción de hortalizas que se consumen en sus unidades. Su estructura es altamente vertical, con control desde el proceso de producción de alimentos hasta el sector de la logística y los recursos humanos, y no se ha adherido a las franquicias y la externalización, contrariamente a las tendencias del sector. Además de esta particularidad, la fuerza laboral de la empresa es mayoritariamente joven, como resultado de la estrategia de contratación en las ciudades del interior del país y asociada a la provisión de alojamiento para todos los empleados. ¿Cuáles son las implicaciones de este modelo en las condiciones de trabajo? ¿Qué lugar ocupa el trabajador joven en la acumulación de capital del Grupo Madero? ¿Cuál es el significado de la verticalización para la empresa? El objetivo de esta investigación es, por tanto, identificar y analizar las estrategias de explotación y control de la mano de obra utilizadas por el Grupo Madero, a través del análisis de su constitución, la trayectoria de su fundador e presidente, Júnior Durski, y familia, en su vinculación con la particularidad de la estructura social brasileña y el carácter de la burguesía nativa. Adoptamos una metodología cualitativa que implicó examinar la narrativa de Durski, sobre su trayectoria y construcción de marca, así como la cadena productiva de valor de la empresa. Se utilizaron como fuentes informes espontáneos realizados por empleados y ex empleados de la empresa, producidos por ellos mismos en formato de video y puestos a disposición en sus canales de YouTube; artículos periodísticos sobre el grupo y su fundador; las presentaciones de Durski en eventos, disponibles en YouTube e Instagram; publicaciones de directores de empresas en sus perfiles de Instagram; materiales producidos por el grupo, además de los datos de la empresa proporcionados por el Informe Anual de Información Social (RAIS). Apoyamos nuestra investigación en la literatura sobre formación social brasileña, capitalismo dependiente y cambios en el régimen de trabajo y acumulación. A partir de este estudio, identificamos que las estrategias de gestión de personas de la empresa corresponden a un proceso de reciclaje de recursos arcaicos de explotación laboral en Brasil para flexibilizar esas relaciones. Se observó flexibilidad, principalmente, en la organización de la jornada laboral y en la utilización de los desplazamientos constantes de los empleados entre los restaurantes del país, adaptándolos a las necesidades de la empresa. Este proceso tiene como premisa la permanencia de estos jóvenes trabajadores como migrantes, a través de la forma particular de una desterritorialización programada que los aleja de la red de apoyo familiar y, simultáneamente, acentúa su inmovilidad en términos de participación sindical. Así, en el Grupo Madero y en su proceso de acumulación de capital, como muestra la trayectoria de la familia Durski, identificamos aspectos del carácter estructural de la burguesía y del mercado de trabajo en el capitalismo dependiente brasileño, la cuestión étnico-racial y la cuestión regional, articulados de manera particular y reciclada en el presente.pt_BR
dc.format.extent1 recurso online : PDF.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.subjectMercado de trabalho - Brasilpt_BR
dc.subjectCapitalismo - Aspectos sociaispt_BR
dc.subjectMigração internapt_BR
dc.subjectJovens - Emprego - Brasilpt_BR
dc.subjectSociologiapt_BR
dc.titleTrabalhando no Madero : estratégias de controle e a centralidade do trabalho juvenil no capitalismo dependentept_BR
dc.typeTese Digitalpt_BR


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