Critérios para a seleção de um regime de podas de Pinus taeda L. no Sul do Brasil
Resumo
Resumo: Para a produção de madeira de qualidade de Pinus taeda, é necessário realizar o corte dos galhos, denominado poda. A poda deve ser feita no momento adequado para que seja possível a produção do maior volume possível de madeira sem nós. Este momento depende do desenvolvimento das árvores jovens. Com o objetivo de avaliar a reação de árvores de P.taeda a diferentes regimes de poda, foram instalados dois experimentos, um no município de Campo Belo do Sul (SC) e outro em Pinhais (PR), em povoamentos jovens de P.taeda. Nestes experimentos foram testadas diferentes alturas de podas, em épocas distintas. A medição do crescimento em altura e diâmetro das árvores mostrou efeito pequeno sobre o crescimento em altura, e muito grande sobre o crescimento em diâmetro. Como consequência, a produção de volume fica bastante afetada pela poda. As características das copas mais importantes a serem observadas nas podas são a manutenção de uma copa verde de no mínimo 2 a 3 m de comprimento, equivalentes a no mínimo 50 % da altura da árvore, com diâmetro do tronco na base da copa verde de no mínimo 5 a 6 cm, e no mínimo 15 a 20 galhos dispostos em 6 verticilos, com uma somatória de área transversal de 3000 mm². A poda é uma operação que tem custo reduzido, variando de R$ 0,02 a R$ 0,15 por segmento podado. Este custo depende principalmente do custo da mão-de-obra e do rendimento da operação em termos de árvores podadas/operário/dia. O custo da poda por hectare depende do número de árvores podadas, com a ressalva de que as árvores não podadas não podem ser concorrentes com as podadas. A poda deve portanto ser realizada em conjunto com um regime de desbastes adequado, visando eliminar as árvores sem qualidade e concorrentes. O custo da poda capitalizado a 6 % ao ano, permite uma relação benefício/custo de até 33,5 aos 19 anos de idade, dependendo do regime de desbastes. Sugere-se um regime de podas para Pinus taeda no Sul do Brasil. Abstract: For production of high quality Pinus taeda lumber it is necessary to prune the trees. Pruning should be done at the right moment, to allow maximum wood production without knots. This moment depend on the growth of the young trees. Two experiments were installed to test reactions of P.taeda to different pruning regimes. One in Campo Belo do Sul (SC) and the other in Pinhais (PR). Main treatments were different pruning heights at different ages. Measurement of height and diameter growth showed little influence of pruning on height growth, but very high on diameter growth. As a consequence, volume production is highly influenced by pruning regimes. During pruning, a 2 to 3 m live crown should be maintained, equivalent to at least 50 % of tree height, with a stem diameter at crown base of at least 5 to 6 cm. Live crown should have not less than 6 branch whorls, with 15 to 20 branches, and a sum of branch cross section area of 3000 mm². Pruning is a low cost operation, costing R$ 0,02 to R$ 0,15 per tree and pruned section. Costs are influenced basically by wages for workers and their productivity in terms of pruned trees per day. Cost per hectare of planted area depends on stand density and thinning regime. Trees not pruned should be removed from the stand, due to their competition with the pruned trees. Pruning costs capitalized at 6 % annual interest allow a benefit/costs ratio of up to 33,5 at age 19 years, depending on the thinning regime. A pruning regime is suggested for Pinus taeda plantations in Southern Brazil.