Associação do sedentarismo, hábitos alimentares, consumo de alcool e uso de tabaco com a agressão de fatores de risco metabólicos em adolecentes da rede pública da cidade de Curitiba-PR
Resumo
Resumo : Diversos comportamentos adotados durante a adolescência podem afetar negativamente os níveis de saúde e tendem a consolidar-se na idade adulta, dentre eles estão: sedentarismo, hábitos alimentares inadequados, tabagismo e consumo de álcool. A presença e agregação de fatores de risco metabólicos estão associadas são surgimento de doenças cardiovasculares, neoplasias, doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus. Diante disto, torna-se importante analisar estes fatores na população jovem bem como verificar sua associação com os hábitos relacionados à saúde. O objetivo deste estudo foi investigar a associação dos hábitos alimentares, consumo de álcool e tabaco e inatividade física com a agregação de fatores de risco metabólicos em uma amostra de adolescentes, de ambos os sexos de Curitiba, Paraná. Foram avaliados 162 alunos neste estudo de caráter transversal. O consumo de alimentos relacionados ao risco cardiovascular foi obtido mediante utilização do Questionário Simplificado para a Avaliação de Risco Cardiovascular (CHIARA; SCHIERI, 2001). A identificação dos hábitos de fumo e consumo de bebidas alcoólicas foi realizada através das questões da versão em português do Youth Risk Behavior Survey (GUEDES; LOPES, 2010). O tempo sedentário foi avaliado através de acelerômetros do modelo ActiGraph GT1M e GT3X e foi contado como a soma do tempo onde os counts/minuto ficaram <100. O risco metabólico foi avaliado através da obtenção das dosagens de Glicemia, Triglicerídeos, Colesterol Total, LDL-Colesterol, HDL-Colesterol e avaliação da Circunferência de Cintura. Escores Z foram calculados para cada fator de risco e a soma destes escores categorizou o Escore de Risco Metabólico. A correlação de Spearman foi utilizada para verificar a associação entre as variáveis, adotando p<0,05 para todas as análises. A idade média da amostra foi de 14,97 ±1,42 anos. A média de IMC no sexo feminino foi de 21,51±4,03 kg/m2 e no masculino foi 21,72 ±4,9 kg/m2. Encontrou-se a presença de risco alimentar em 61,9% dos meninos e em 58,8% das meninas. Nos meninos a prevalência de tabagismo e consumo de álcool foi de 1,6% e 37,5% e nas meninas 13,3% e 51%, respectivamente. Verificou-se também que nas meninas o tempo sedentário esteve positivamente associado com o escore de risco metabólico (r=0,211, p<0,05). Os resultados reforçam a necessidade de políticas e programas de promoção da saúde direcionados à adoção de um estilo de vida saudável para a população mais jovem visto a sua associação com um melhor perfil metabólico.
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