Uma perspectiva da distribuição de riqueza por empresas familiares que compõem o ISE Bovespa
Resumo
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a existência de diferenças na distribuição de valor adicionado entre empresas familiares pertencentes ao ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial, em relação as demais empresas listadas na B3. As análises se valeram das informações constantes na Demonstração do Valor Adicionado - DVA do período compreendido entre 2010 a 2019. A amostra final considerou 1.805 observações de 256 companhias não financeiras e não utilidade pública, familiares e não familiares, constantes e não constantes no ISE, listadas na B3. Diferenças na criação de valor adicionado entre empresas familiares e não familiares se justificam, segundo Okimura, Silveira e Rocha (2007), pelo fato que o desempenho das empresas pode variar dependendo dos interesses do controlador. No mesmo sentido, Oliveira et al (2021) destaca a importância do estudo em relação as empresas constantes ou não no ISE, de modo a contribuir com novas evidências acerca da influência das características a que se revestem as empresas do ISE na performance nos efeitos sociais das empresas. Assim, os resultados indicaram que a distribuição média de riqueza ocorre primeiramente para o governo, seguido da remuneração de capital de terceiros, depois para pessoal e encargos e só então como remuneração do capital. No que se refere a diferenciação na distribuição de valor adicionado entre as empresas familiares pertencentes ao ISE, entre os grupos da DVA, os achados apontam haver algumas diferenças nas distribuições, embora pouco significativas, normalmente maiores para empresas não ISE e familiares. Abstract: This study aims to evaluate possible differences in value added distribution between family companies that are part of ISE - Corporate Sustainability Index, in comparison to the other companies listed on B3. Statistical analyzes were based on the information provided in the Statement of Added Value - DVA between 2010 and 2019. The total sample considered 1,805 observations from 256 non-financial and non-public utility companies, family and non-family business, included and not included in the ISE, listed on B3. Differences in added value generation between family and non-family companies are justified, according to Okimura, Silveira and Rocha (2007), by the fact that the performance of companies can vary depending on the interests of the controllership. In this perspective, Oliveira et al (2021) highlights the importance of such kind of study in relation to companies included in ISE group, in order to contribute with new evidences about the influence of the characteristics from ISE companies on both performance in the social effects. Therefore, the results obtained indicates that the average distribution of added value is firstly directed to the government, followed by third-party capital remuneration, then labor and charges and finally equity remuneration. With regard to the differentiation in the distribution of added value between family businesses in ISE, among the DVA groups, the findings indicate that there are some differences in the distributions, although not very significant, usually greater for non-ISE and family businesses.
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