Documentos referentes ao Sindicato dos colonos e assalariados agrícolas de Londrina

Abstract

Trata-se de uma série de documentos: Ficha de sócio, exercício de 1956, do Sindicato dos colonos e assalariados agrícolas de Nova Fátima. Certificados cartoriais, de 16 de agosto de 1956, atestando a não inscrição do Sindicato dos colonos e assalariados agrícolas de Londrina. Reclamação trabalhista não preenchida; Certificado, de 31 de agosto de 1956, atestando a inscrição regular da Associação dos colonos e assalariados de Londrina, porém ainda não como sindicato; Dois editais de divulgação de assembleia extraordinária do Sindicato dos colonos e assalariados agrícolas de Nova Fátima, para tratar de seu reconhecimento pelo governo, em julho e agosto de 1956; Correspondência do chefe de polícia Pinheiro Júnior ao governador do Estado, Moisés Lupion, em 1956, na qual trata do movimento que está “estendendo-se assim a vasta área da região nortista a luta entre patrão e empregados, através da Justiça”. Aborda a criação e atuação dos Sindicatos dos colonos e assalariados agrícolas de Londrina e de Nova Fátima, bem como a atuação de comunistas nesses embates; Correspondência do delegado Lício Bley Vieira ao chefe de polícia, tratando sobre as movimentações de agricultores, colonos, sindicatos, comunistas, advogados, etc, em prol de direitos trabalhistas e da sindicalização, atrapalhando, com isso, os fazendeiros e a economia, especialmente nas cidades de Londrina, Cornélio Procópio e Nova Fátima; Flávio Ribeiro, Ancilon de Alencar, Manoel Jacinto, Jairo Regis, lideranças “comunistas” destacadas; Telegramas enviados por Iris Meimberg e outro por Jairo Pimentel e Wilson Baggio para Moisés Lupion, em 1956, solicitando ações frente às infiltrações e agitações comunistas no norte do Paraná; Correspondência enviada do Gabinete do Chefe de Polícia do Paraná ao Delegado de ordem política e social, alertando sobre as movimentações no norte do Estado e solicitando a atenção dos poderes constituídos à esta questão. Aqui destaca-se uma postura paternalista com os agricultores. Data: 23/07/1956; Relatório da DOPS, de 23 de agosto de 1956, referente a suas investigações, com presença em Londrina, sobre as supostas agitações referidas. Expõe as ações tomadas na investigação e afirma que o movimento se enfraquece devido a falta de sucessos. Por fim, conclui que “a situação no momento em Londrina e adjacências é absolutamente normal”; Relatório reservado da Delegacia Regional de Polícia de Londrina ao Chefe de Polícia, tratando sobre suas investigações sobre o suposto movimento subversivo no norte do Paraná. Concluiu que, a despeito das agitações comunistas, os agricultores apenas “estavam enganados pelas promessas contidas no panfleto distribuído” dos comunistas e que os agricultores em si nada tinham de comunismo; Panfleto do Sindicato dos colonos e assalariados agrícolas de Londrina, assinado por José Pereira da Costa, de julho de 1957, que conclama dos agricultores à união e aborda questões trabalhistas, especialmente referentes ao salário mínimo e aos preços pagos por saca de café.