Dosagem de progesterona e prolactina no D9 após captação folicular como preditor de sucesso nos ciclos de fertilização in vitro
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Data
2021Autor
Pérez, Paulina Alejandra Santander
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Resumo: INTRODUÇÃO: A fertilização in vitro (FIV) é um tratamento de alta complexidade que sofre interferência das dosagens hormonais. Progesterona e prolactina, caso alterados, comprometem o sucesso dos ciclos de fertilização. As etapas do tratamento são monitoradas por ultrassonografia e avaliações hormonais séricas, muitas delas com pontos de corte já bem estabelecidos em publicações. Nos tratamentos a fresco, valores de progesterona acima de 1,5 ng/ml no dia do trigger oocitário sugerem congelamento do embrião e cancelamento da transferência, devido à luteinização precoce do endométrio. Em ciclos de embriões congelados, valores de progesterona abaixo de 10 ng/ml ou acima de 20 ng/ml no dia 04 de administração de P4 tem pior prognóstico, sendo então cancelados. Dessa forma, os pontos de corte da progesterona orientam a conduta. Também é sabido que a prolactina elevada ao início do tratamento tem correlação com embriões de pior qualidade. Entretanto, a literatura das dosagens hormonais se torna escassa após a transferência embrionária. Assim, existe a necessidade de maiores informações dessas dosagens no período entre a transferência do embrião e o teste de gravidez. OBJETIVOS: Avaliar se as dosagens de progesterona e prolactina realizadas no dia 09 após captação folicular são úteis nos tratamentos de fertilização in vitro. Avaliar se existe um ponto de corte de progesterona e prolactina sérica que possa antecipar se a paciente engravidou, antes da realização do teste de gravidez. MATERIAL E MÉTODO: Estudo de coorte, observacional e retrospectivo. Foram analisados, 330 ciclos de 293 pacientes submetidas a fertilização in vitro com transferência de embriões a fresco, entre janeiro de 2013 a dezembro de 2019 em clínica privada de Curitiba, e que realizaram seus exames em laboratórios que usam quimiluminescência para suas análises. RESULTADOS: Valores séricos de progesterona acima de 32,1 ng/mL foram correlacionados com gravidez. Nos ciclos com uso de antagonista de GnRH houve gravidez quando P4 acima de 32,6 ng/mL. Quando foi usado antagonista de GnRH e progesterona intramuscular, encontramos maior número de gestações quando a P4 foi acima de 37,8 ng/mL. Ciclos sem nenhum tipo de bloqueio hipofisário e P4 acima de 38,7ng/mL tiveram maior correspondência com gravidez. A prolactina não se mostrou relevante em nenhum dos cenários analisados. CONCLUSÃO: A avaliação da progesterona por quimiluminescência, realizada no dia 09 após a captação folicular, mostrou-se útil no ciclo de tratamento de fertilização in vitro. Os valores encontrados dependeram do tipo de bloqueio hipofisário e suplementação de fase lútea que foi administrado. A dosagem de prolactina não mostrou relevância. INTRODUCTION: In vitro fertilization (IVF) is a complex treatment that is affected by hormonal dosages. Progesterone and prolactin, if altered, compromise the success of fertilization cycles. The treatment stages are monitored by ultrasound and serum hormonal assessments, many of them with well established cut-off points in publications. Progesterone values above 1.5 ng / ml on the day of the oocyte trigger suggest freeze-all whit cancellation of the transfer, due to the early luteinization of the endometrium. In cycles whit frozen embryos, progesterone values below 10 ng / ml or above 20 ng / ml on day 4 of P4 administration have a worse prognosis and are canceled. In this situation, the progesterone cut-off points guide the conduct. It is also known that high prolactin at the beginning of treatment has a correlation with poor quality embryos. There are few publications on hormonal dosages after embryo transfer. Thus, there is a need for more information on these dosages in the period between the embryo transfer and the pregnancy test. OBJECTIVES: To evaluate whether progesterone and prolactin measurements performed on the 9th day after follicular retrieval are useful in IVF treatments. Assess whether there is a cut-off point for progesterone and serum prolactin that can anticipate whether the patient has become pregnant before the pregnancy test is performed. MATERIAL AND METHOD: Cohort, observational and retrospective study. 330 cycles of 293 patients who underwent in vitro fertilization with fresh embryo transfer between January 2013 and December 2019 at a private clinic in Curitiba were analyzed and who performed their examinations in laboratories that use chemiluminescence for their analysis. RESULTS: Serum progesterone values above 32.1 ng / mL were correlated with pregnancy. In cycles usng GnRH antagonist, pregnancy occurred when P4 was above 32.6 ng / mL. When GnRH antagonist and intramuscular progesterone were used, we found a higher number of pregnancies when P4 was above 37.8 ng / mL. Cycles without any type of pituitary block and P4 above 38.7ng / mL had a greater correspondence with pregnancy. Prolactin was not relevant in any of the scenarios analyzed. CONCLUSION: The evaluation of progesterone by chemiluminescence, performed on the 9th day after follicular uptake, proved to be useful in the IVF treatment cycle. The values found depended on the type of pituitary block and luteal phase supplementation that was administered. The prolactin dosage was not relevant. Abstract:
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