Industrial organization essays applied to brazilian commercial aviation

Abstract

Resumo: O Brasil é o quinto maior país em extensão territorial e o sexto em tamanho populacional. Mais de 210 milhões de habitantes estão distribuídos pelos 8,5 milhões de quilômetros quadrados de território. Hoje, a população brasileira é muito semelhante à da Espanha, Itália, Reino Unido e França juntos. Sua extensão territorial equivale a 85% da extensão de toda a Europa. Assim, devido a essas importantes características, estudar o mercado de aviação brasileiro pode auxiliar na estratégia de companhias aéreas, consumidores, agências reguladoras e organizações internacionais na promoção de um mercado mais promissor. Com base nisso, a tese é composta por três ensaios de organização industrial aplicados à aviação comercial brasileira. O primeiro ensaio analisou os efeitos do poder de mercado na estratégia de precificação de passagens aéreas. A partir de um modelo teórico e aplicação de um estudo empírico sobre a aviação comercial brasileira, é possível perceber que a alta participação de mercado pode trazer grandes benefícios às companhias aéreas, como a comercialização de passagens aéreas com preços mais elevados em relação aos concorrentes. O segundo ensaio examinou como a concorrência no mercado brasileiro de aviação comercial mudou com a ocorrência da pandemia de COVID- 19; especialmente, avaliar o comportamento das grandes companhias aéreas em relação aos seus seguidores. A partir de modelos de variáveis instrumentais e dinâmicas, foi possível perceber que na primeira onda da pandemia, as empresas reduziram consideravelmente os preços e a oferta. Como tentativa de sobrevivência, as companhias aéreas forçaram suas operações em rotas mais lucrativas. Como resultado, os preços médios das passagens e o preço premium adquirido pelo poder de mercado da companhia aérea líder aumentaram. O terceiro ensaio examinou a dispersão de preços na aviação comercial doméstica brasileira, de março de 2019 a dezembro de 2021. Resultados preliminares indicam que na primeira fase da COVID-19, a prática de dispersão de preços só era possível em rotas de longa distância e concentradas. Na segunda onda da pandemia, as companhias aéreas que utilizaram aeronaves maiores ampliaram sua dispersão de preços.

Abstract: Brazil is the fifth largest country in territorial extension and the sixth in population size. More than 210 million inhabitants are distributed among the 8.5 million square miles of territory. Today, Brazilian population is very similar to that of Spain, Italy, the United Kingdom, and France combined. Its territorial extension is equivalent to 85% of the extension of the whole of Europe. Thus, due to these important characteristics, studying the Brazilian aviation market can help in the strategy of airlines, consumers, regulatory agencies, and international organizations in promoting a more promising market. Based on this, the thesis consists of three industrial organization essays applied to Brazilian commercial aviation. The first essay analyzed the effects of market power on airline ticket pricing strategy. From a theoretical model and application in an empirical study on the Brazilian commercial aviation, it is possible to notice that the high market share can bring great benefits to airlines, such as the commercialization of air tickets with higher prices compared to competitors. The second essay examined how competition in the Brazilian commercial aviation market has changed with the occurrence of the COVID-19 pandemic; especially, evaluate the behavior of major airlines towards their followers. From models of instrumental and dynamic variables, it was possible to perceive that in the first wave of the pandemic, companies reduced prices and supply considerably. As an attempt to survive, the airlines forced their operations on more profitable routes. As a result, average ticket prices and the price premium acquired by the leader airline’s market power have increased. The third essay examined the price dispersion in Brazilian domestic commercial aviation, from March 2019 to December 2021. Preliminary results indicate that in the first phase of COVID-19, the practice of price dispersion was only possible on long-distance and concentrated routes. In the second wave of the pandemic, airlines that used larger aircraft expanded their price dispersion.