De que forma as tecnologias conhecidas como Mobile Learning (ML) podem ser integradas às ferramentas utilizadas para o ensino de histologia no ensino superior? Como os alunos se apropriam desta tecnologia?
Resumo
Resumo: Devido à utilização constante de dispositivos celulares móveis por alunos do ensino superior, empregá-los como ferramenta de apoio a aprendizagem parece ser promissor. Dispositivos móveis podem ser acessados praticamente em qualquer lugar sob a demanda do aluno e com baixíssimo retardo de acesso à informação, o que é um diferencial importante considerando o tempo muitas vezes fragmentado de que o aluno pode dispor para a aprendizagem. O conteúdo pode ser apresentado com um forte apelo visual inerente a estes dispositivos e o acesso de forma dinâmica e interativa possibilita que o aluno crie seu próprio roteiro de aprendizagem. Práticas de ensino que se utilizam destas características são chamadas de Mobile Learning (ML). A versão para internet, em HTML, do Atlas Virtual de Biologia Celular, desenvolvido pelo NUEPE – Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão do Departamento de Biologia Celular da UFPR foi utilizada como modelo para o desenvolvimento de uma versão para celular Android. Esta nova versão, em forma de aplicativo, foi o material didático virtual utilizado para este estudo. Foi disponibilizada a instalação do aplicativo nos celulares de alunos que cursavam disciplinas de histologia na graduação de uma universidade pública e de outra privada. O aplicativo possui um módulo que registra as atividades executadas pelo aluno, como o momento em que o aplicativo é acessado e as imagens visualizadas. Buscou-se averiguar as correlações destes dados de acesso entre grupos formados em função das informações sócio-pedagógicas dos alunos, coletadas através de questionários e dados dos cronogramas das disciplinas, para se compreender de que forma o aluno se apropria da tecnologia ML para mediar sua experiência de aprendizado em histologia. Não se identificou diferença significativa entre as médias de acesso dos grupos que separavam os alunos: a) pela sua proveniência da rede pública ou privada; b) estudantes de uma universidade pública ou de uma particular; c) pelo grau de sua percepção de aptidão ao uso das Tecnologias da Informação e Comunicação. Não foi encontrada uma periodicidade nos acessos dos alunos. Foi identificado um acesso concentrado em períodos próximos (tanto antes quanto depois) aos dias de avaliações formais. Apesar de relativamente poucos, alguns alunos acessaram muito o atlas, fornecendo evidências à hipótese de que estes sejam alunos que possuam facilidade para incorporar o aprendizado móvel e estejam, de forma pioneira, exibindo características representativas do paradigma emergente da educação, no qual o aluno deve assumir um papel central no processo de ensino-aprendizagem através da independência na navegação para o conhecimento. Abstract: Due to the persistent use of mobile devices by undergraduate students, employ them as learning support tools seems to be promising. Mobile devices can be accessed practically anywhere by student demand and with very low delay lag that is important considering the student's often fragmented learning time. The content can be presented with a strong visual appeal, which is intrinsic of those devices and the dynamic and interactive access allows the student to create his own learning script. Learning practices that makes use of those features are named Mobile Learning (ML). The internet Virtual Atlas version, written on HTML, developed by the NUEPE, a research teaching group from UFPR was used as a model for the development of an Android version for mobile devices. This new version was the courseware used in this research. The app was made available to installation for the students that were enrolled in histology classes in a public and in a private university. The app has a module that registers the student's activities, like the moment the app is accessed and the visualized images. It was sought to ascertain correlations of those access data with the students' socio-pedagogical information obtained through questionnaires and class schedule, in order to comprehend in what ways the students appropriates the ML technology to mediate his learning experience in histology. It was not identified any significant difference between the means of access within student groups separated by a) it's provenience from public or private school; b) Students from the public or the private university; c) by the perception of their ability in using the Information and Communication Technology. No periodicity was found on the students' access. It was identified an enhanced access near (both before as after) the evaluation days. Although few students accessed the atlas, some did many accesses, providing evidences to the hypothesis that those are students that already have easiness to embody the ML and are pioneering exhibiting typical characteristics of the emerging education paradigm, where the student must take on a central role on the teaching-learning process trough independence in navigation for knowledge.
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