Comunidades tradicionais na Vale do Ribeira (SP) : o papel das lideranças comunitárias na construção da ação coletiva
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Data
2021Autor
Rubira, Isabela Maria Marassi, 1977-
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Resumo: Este trabalho explora o modo como se organizam os movimentos sociais de povos tradicionais que lutam pelo reconhecimento e garantia de seu modo de vida. A garantia de suas terras, as restrições ambientais, a falta de acesso às políticas sociais são basicamente as questões em torno das quais se mobilizam as populações étnicas. Na base dessas questões, o que há são modelos de alianças entre diferentes povos, indígenas, quilombolas e caiçaras, que, a despeito de sua composição social heterogênea, procuram juntos obter articulação política, também com instituições externas ao movimento, para garantir o processo de produção e reprodução da vida real, por meio da formação de movimentos sociais. Abordamos o modo como se integram demandas de diferentes povos tradicionais na formação da ação coletiva, no sentido de perceber como se organizam movimentos sociais de populações étnicas, bem como sua capacidade de formular antagonismos que possam formar relações interculturais de respeito e solidariedade. Considera-se o caráter da articulação política entre diferentes povos para pensarmos, primeiro, a novidade que a ação coletiva dos povos tradicionais traz para que se possa refletir sobre processo de subalternidade do sujeito; segundo, a forma como os movimentos sociais, em perspectiva de diversidade cultural, contribui para novas formas de inclusão no Brasil, em um sentido mais amplo. Para que se possa compreender os efeitos dessa contenda, valer-nos-emos de dois movimentos sociais, sendo Movimento dos Ameaçados por Barragens (MOAB); e Movimento dos Jovens da Jureia (AJJ); que formam alianças étnico-políticas no Vale do Ribeira, região litorânea da Mata Atlântica no estado de São Paulo. Abstract: This academic project explores how the social movements of traditional peoples who strive for the recognition and ensure of their way of life are organized. The ensuring of their land, environmental restrictions, lack of access to social politics are basically the issues around which ethnic populations mobilize. On the base of these issues, there are models of alliances between different peoples, indigenous peoples, quilombolas and caiçaras, that, despite their social composition heterogeneous, seek together to obtain political articulation, also with external institutions the movement, to ensure the process of production and reproduction of real life, through the formation of social movements. We will address how these collective actions are organized and their ability to formulate antagonisms that can form intercultural relations of respect and solidarity. Considers the character of political articulation between different peoples is considered in order to we think, first, the novelty that the collective action of traditional peoples can bring so that it can reflect on the subject's subalternity process; second, the way that social movements from a cultural diversity perspective can contribute to new forms of inclusion in Brazil, in a broader sense. In order to understand the effects of this dispute, we will use of two social movements, we will use two social movements, being Movement of the Threatened by Dams (MOAB); and Jureia Youth Movement (AJJ); that form ethnic-political alliances in the Vale do Ribeira, a coastal region of the Atlantic Forest in the State of São Paulo.
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- Teses [111]