Atividade antimelanoma de pectinas da ameixa (Prunus domestica) e do maracujá (Passiflora edulis)
Resumo
Resumo: O melanoma metastático é um tipo de câncer de pele altamente refratário e resistente às terapias disponíveis. O presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade antimelanoma, in vitro, de pectinas extraídas de ameixa seca (Prunus domestica) e da casca do maracujá amarelo (Passiflora edulis). As pectinas testadas foram previamente purificadas e caracterizadas, sendo as extraídas da ameixa caracterizadas como arabinogalactanas tipo I (AGI-78kDa e AGI-12kDa), que diferem estre si pela massa molecular média, e a do maracujá caracterizada como homogalacturonana com alto grau de metil esterificação (HG-143kDa, grau de metil esterificação 91%). Células de melanoma murino e humano (B16-F10 e CHL-1, respectivamente) e fibroblastos não tumorais murinos e humanos (BALB/3T3 e CCD-1059Sk, respectivamente), foram expostos a diferentes concentrações dessas pectinas por 72 horas e a ação destas na proliferação e viabilidade celular foi avaliada. Além disso, nas linhagens de melanoma, foram analisadas a influência das pectinas na indução de morte celular e na alteração de parâmetros como morfologia, capacidade clonogênica, invasão, adesão e migração celular. As arabinogalactanas do tipo I extraídas da ameixa, na maior concentração testada (1000 µg/mL), mostraram-se seletivamente citotóxicas para as linhagens tumorais, sendo que a AGI-78kDa induziu a morte destas células. Em concentrações não citotóxicas (100 µg/mL) as arabinogalactanas alteraram a morfologia e outros parâmetros células de melanoma relacionados com a metástase tumoral. Já a homogalacturonana, dos ensaios realizados, alterou a morfologia das células de melanoma, reduziu a formação de colônias de melanoma humano e influenciou na capacidade migratória de células de melanoma murino. As pectinas, principalmente as AGIs, mostram-se promissoras no tratamento do melanoma metastático e a atividade antimelanoma in vitro é possivelmente devido à estrutura química, passível de interação com galectinas celulares e interferindo na ação delas em diversos processos da progressão tumoral. Abstract: Metastatic melanoma is a refractory and highly resistant type of skin cancer. In this study, we evaluated the in vitro antimelanoma activity of pectins extracted from prune (Prunus domestica) and yellow passion fruit peel (Passiflora edulis). Tested pectins were previously purified and characterized. Prune ones were classified as type I arabinogalactans (AGI-78kDa and AGI-12kDa) with different averages molecular masses. Yellow passion fruit's was characterized as a highly methyl esterified homogalacturonan (HG-143kDa with 91% of methyl esterification). Murine and human melanoma cells (B16-F10 and CHL-1, respectively) and non-tumor murine and human fibroblasts (BALB/3T3 and CCD-1059Sk, respectively) were exposed to a range of pectins concentrations for 72 hours, and then cell proliferation and viability were evaluated. In addition, for melanoma cells, the pectins influence in cell death induction, morphology alteration, clonogenic capacity, invasion, adhesion and migration were evaluated. The higher concentration of type I arabinogalactans from prune (1000 µg/mL) induced selective cytotoxicity in melanoma cell lines, with AGI-78kDa inducing cell death. In a non-cytotoxic concentration (100 µg/mL) arabinogalactans modified tumor cell morphology and other malignancy parameters. For homogalacturonan, we observed morphology alteration in melanoma cells, reduction in colony formation in human melanoma cells and modified migratory capacity in murine melanoma cells. Pectins, mostly AGIs, are promising for metastatic melanoma treatment. It's in vitro antimelanoma activity possiblily due to the chemical structure, making it capable of interacting with galectins, interfering with their actions in several tumor progression processes.
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