Resumo
É um dos relatórios mais importantes sobre o PCB. Ferdinando de Carvalho Integrava o corpo permanente da Escola Superior de Guerra (ESG) por ocasião do golpe de 31 de março de 1964. Durante a subseqüente repressão às forças que apoiavam o governo deposto, no dia 9 de abril seguinte a polícia apreendeu 20 cadernetas escritas por Luís Carlos Prestes, secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que continham os relatos de reuniões partidárias e nomes de membros do partido e mencionavam os contatos políticos que a organização mantivera a partir de 1961. Esses documentos serviram de base ao Inquérito Policial-Militar (IPM) instaurado em 21 de setembro de 1964 sob a chefia de Ferdinando de Carvalho para apurar as atividades do PCB. Promovido a coronel em abril de 1965, Ferdinando de Carvalho prosseguiu na condução do IPM, que recebeu o nº 709 e assumiu proporções cada vez maiores, estendendo-se, segundo o documento, até 1973.