Estudo de fatores preditores de fragmentação de cálculos urinários em um modelo experimental de litotripsia extracorpórea in vitro
Abstract
Resumo: Introdução: A nefrolitíase é uma doença comum e apesar dos progressos na medicina, sua prevalência tem aumentado nos últimos anos. Em alguns casos, o tratamento intervencionista é necessário e a litotripsia extracorpórea por ondas de choque é um dos procedimentos mais utilizados. Objetivo: Avaliar os fatores preditores de fragmentação de cálculos urinários em um modelo experimental de litotripsia extracorpórea in vitro. Métodos: Foram estudados fragmentos de cálculos obtidos de 48 pacientes submetidos a cirurgias urológicas. Todos os cálculos foram analisados por difração de raios-X, além de análise morfológica (pesagem, medidas de comprimento, largura e volume), microtomografia e tomografia convencional in vitro. Após avaliação, cada amostra foi submetida à litotripsia extracorpórea em modelo de gelatina balística. Os fragmentos foram separados em peneira granulométrica em fragmentos maiores que 4mm e 2mm e enviados para pesagem. Resultados: Foram analisados 48 cálculos urinários, 45 deles também por difração de raios-X, sendo compostos por vevelita (53,3%), estruvita (22,2%), apatita (11,1%), acido úrico (6,7%), cistina (4,4%) e vitloquita (2,2%). A taxa de fragmentação foi de 77,5% e 69,6% para amostras de 4mm e 2mm, respectivamente. Os fatores relacionados com menor efetividade da litotripsia extracorpórea foram: volume, massa seca do cálculo e largura. A radiodensidade (em Unidades Hounsfield) e a porosidade das amostras avaliadas pela microtomografia não apresentaram significância para predizer fragmentação dos cálculos. Conclusão: O volume, a massa seca e a largura dos cálculos urinários apresentaram correlação positiva com o número de fragmentos obtidos póslitotripsia. As medidas de volume e largura podem ser calculadas por métodos como a tomografia e também serem preditores de fragmentação na litotripsia. Palavras-chave: Cálculo urinário. Litotripsia extracorpórea. Microtomografia. Tomografia. Abstract: Introduction: Nephrolithiasis is a common disease and despite medical progress, its prevalence has been increasing for the past few years. In some circumstances, active stone removal is necessary and extracorporeal shockwave lithotripsy (ESWL) has become the first therapeutic option in most cases of upper-tract urolithiasis. Objective: To evaluate the predictive factors of urinary calculi fragmentation in an in vitro experimental model of extracorporeal lithotripsy. Methods: Samples consisted of at least two calculi fragments from patients who underwent urological surgery. All calculi were analyzed by X-ray diffraction as well as through morphological analysis (weight, length, width and volume measurements), microtomography, and conventional tomography in vitro. After evaluation, each sample was subjected to extracorporeal lithotripsy in a ballistic gelatin model. The fragments were separated with a granulometric sieve into fragments larger than 4mm and 2mm and weighed. Results: We analyzed 48 urinary calculi, 45 of them also by X-Ray diffraction comprising whewellite (53,3%) struvite (22,2%), apatite (11,1%), uric acid (6,7%), cystine (4,4%) and whitlockite (2,2%). The fragmentation rate was 77.5% and 69.6% for samples of 4mm and 2mm, respectively. Factors related to lower effectiveness of extracorporeal lithotripsy were volume, dry mass and width of the calculus. The radiodensity (in Hounsfield units) and the porosity of the samples evaluated by microtomography were not significant to predict fragmentation of calculi. Conclusion: Volume, dry mass and width of urinary calculi were correlated positively with the number of post-lithotripsy fragments obtained. Volume measurements and width can be calculated by methods such as tomography and can be predictors of fragmentation in lithotripsy. Keywords: Urinary calculi. Extracorporeal lithotripsy. Microtomography. Tomography.
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