Alienação e emancipação : a produção da existência dos pescadores artesanais do território de pesca no baixo Vale do Itajaí e Tijucas
Resumo
Resumo: Partimos da concepção segundo a qual as características dos dias atuais são, de um lado, a impossibilidade dos homens em geral produzirem a existência sob o manto do capital e, de outro, o imenso avanço da riqueza social confrontando-se com os homens produtores diretos. No interior dessa contradição se manifesta a ausência de outro modo de produzir a existência para além da sociedade burguesa. Ao mesmo tempo regressar a estágios pretéritos de reprodução da existência é uma tarefa impossível, dado o estágio atual das forças produtivas e das relações sociais burguesas. Diante disso, o único caminho possível é a condução da vida à emancipação humana. Apreender estas questões é pressupor, sobretudo, que o modo de produção capitalista carrega em seu útero decisões que só podem ser resolvidas por ações sociais e não mais por ações individuais como outrora. O estudo do modo de produzir a existência dos pescadores artesanais e todo o aparato que se forma a partir da sua práxis, é uma forma de identificar, empiricamente, a possibilidade de realização desse caminho. Percebemos que na medida em que a sociedade capitalista evolve-se, os pescadores artesanais do Baixo Vale Itajaí e Tijucas vão perdendo os seus laços com o mundo passado; vão se tornando seres supérfluos para a produção burguesa e por tal razão a única tarefa que lhes resta é a luta pela emancipação. As lutas dos pescadores artesanais em todo o litoral brasileiro se fortaleceram a partir da criação do Ministério da Pesca e Aquicultura em 2003, especialmente, após o Plano de Desenvolvimento Sustentável Mais Pesca e Aquicultura, mas não necessariamente por conta das ações institucionais criadas por ele, ainda que mediadas por elas, e sim pela contradição existente entre elas e a superação do pauperismo social. O grau de consciência crítica alcançado se manifesta nas formas de organização política, especialmente, nas formas de intercâmbio, como a rede de organização de pescadores de outros lugares e vínculo fecundo com organismos internacionais, universidades, intelectuais, etc, ou seja, é a expressão da conexão universal, do ser social. Portanto, a criação de formas de lutas, de espaços de solidariedade, dos homens enquanto ser social, hominizando-se pelo próprio processo de reprodução da lógica capitalista. Para esta empreitada, utilizamos método dialético marxiano e os escritos auedianos sobre alienação e emancipação. Esperamos, com isso, ter a compreensão dos nexos, relações e mediações do modo de produzir a existência dos pescadores artesanais com a sociedade capitalista. Resumén: Partimos de la concepción según la cual las características de la actualidad son, por un lado, la incapacidad de los hombres en general de producir la existencia bajo el capital y, por otro, el inmenso progreso de la riqueza social chocando con los hombres productores directos. Dentro de esta contradicción se manifiesta la ausencia de producir la existencia más allá de la sociedad burguesa. Al mismo tiempo, el retorno a etapas pasadas de la reproducción de la existencia es una tarea imposible teniendo en cuenta el estado actual de las fuerzas productivas y las relaciones sociales burguesas. Por lo tanto, la única manera posible es la conducta de la vida a la emancipación humana. Captar estas cuestiones es presuponer especialmente que el modo de producción capitalista lleva en su vientre decisiones que sólo se pueden resolver mediante acciones sociales y no por las acciones individuales como antes. El estudio de la forma de producir la existencia de los pescadores artesanales y todo el aparato que se forma a partir de su práctica es una manera de identificar, empíricamente, la posibilidad de lograr de esta manera. Nos damos cuenta de que en la medida en que la sociedad capitalista se desarrolla, los pescadores artesanales del Bajo Valle Itajaí y Tijucas están perdiendo sus lazos con el mundo pasado; Se están convirtiendo en seres superfluos para la producción burguesa y por esa razón la única tarea que queda es la lucha por la emancipación. Las luchas de los pescadores artesanales a lo largo de la costa brasileña se han reforzado con la creación del Ministerio de Pesca y Acuicultura en 2003, especialmente después del Plan de Desarrollo Sostenible Más Pesca y Acuicultura, pero no necesariamente debido a las acciones institucionales creados por él, aunque mediado por ellas, pero a la contradicción entre ellas y la superación de la pobreza social. El grado de conciencia crítica logrado manifiesta en las formas de organización política, sobre todo en las formas de intercambio, como la red de organización pesquera en otros lugares y fructífera relación con las organizaciones internacionales, universidades, intelectuales, etc., es decir, la expresión de la conexión universal, del ser social. Por lo tanto, la creación de formas de luchas, de espacios solidarios de los hombres como ser social, hominizandose por el mismo proceso de reproducción de la lógica capitalista. Para esta tarea, utilizamos el método dialéctico de Marx y los escritos de Aued sobre la alienación y la emancipación. Esperamos, por lo tanto, tener la compreensión de los vínculos, relaciones y mediaciones en el modo de producción de la existencia de los pescadores artesanales con la sociedad capitalista.
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