Estudos da prevalência e critérios diagnósticos da nefropatia por analgésicos
Resumo
Resumo: Este trabalho foi conduzido para estabelecer a prevalência e validar critérios para o diagnostico de nefropatia por analgésicos como causa de insuficiência renal crônica terminal. Convencionou-se como abuso de analgésicos a tomada diária de medicação por um período mínimo de 5 anos. Classificaram-se dois grupos através de entrevistas com o paciente e seus familiares. O Grupo I foi definido por abuso confirmado ou suspeito e o Grupo II definido como sem abuso. No total, 41 pacientes renais crônicos terminais foram registrados, sendo que 29 efetivamente participaram do estudo, após exclusão daqueles com diagnostico definido. O Grupo I constituiu-se de 11 pacientes e o Grupo II de 18 pacientes. Todos os doentes tiveram o seu volume urinário medido, assim como a quantificação da proteinúria de 24 horas no inicio do tratamento dialítico, sendo submetidos a ultrassonografia renal e a tomografia renal computadorizada para a detecção de sinais sugestivos de papilite necrotizante previa. O uso isolado de métodos de imagem não foi capaz de indicar os pacientes com abuso analgésico. Por outro lado, a associação de dados de historia de abuso com métodos de imagem não identificou casos compatíveis com nefrite analgésica. Em conclusão, nefropatia por analgésicos e uma ocorrência rara nesta população. Ademais, os critérios de imagem analisados isoladamente não permitiram a definição do diagnostico. Abstract: This study analysed prevalence and attempted to validate criterial for the diagnosis of analgesic nephropaty as a cause of chronic renal failure. Abuse of analgesics was considered after a daily inteke of drugs during a minimum period of 5 years. An interview with the pacient and his relatives established 2 groups: Group I was composed of patients with confirmed or suspected abuse and Group II composed of those without abuse. Forty-one patients with chronic renal failure were registered. The study included 29 patients after excluding those with definite diagnosis. Group I consisted of 11 patients and Group II comprised 18 patients. The urinary volume and proteins of all the patients were measured during 24 hours at the beginning of the dialytic treatment. Patients underwent renal ultrasonography and computerized renal tomography to detect signs of papillary necrosis. Ultrasonography and computerized renal tomography combined were not able to indicate patients with analgesic abuse. On the other hand, the association of history of analgesic abuse with renal images did not identify patients with consistent analgesic nephropathy. In conclusion, analgesic nephropathy is a rare diagnosis in patients with chronic renal failure in this population. In addition, criteria of imaging did not allow a definite diagnosis.
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