Tradução : a mágica em que todos acreditam
Resumo
Resumo: Esta dissertação surgiu a partir de um programa de Iniciação Científica em que participei em 2010 e durante o qual me propus responder a pergunta se era possível traduzir aquilo que chamei, então, de enunciado mágico, isto é, um encantamento ou uma coleção de palavras que tivesse alguma espécie de força mágica. O trabalho evoluiu nos últimos cinco anos e, nesta sua última configuração, conta com dois momentos principais. O primeiro é uma discussão da Teoria dos atos de fala de J.L. Austin e como esta teoria pode ser aplicada à Linguística e à Tradução. Essa discussão deu origem a uma nova visão do ato tradutório, uma visão dinâmica, que tenta entender o que a tradução faz no mundo e como sua eficácia pode ser entendida em termos sociais. O segundo momento foi conjugar esse novo modelo de tradução a estudos antropológicos concernentes ao conceito de magia. Nessa parte do trabalho tentou-se entender o que é magia exatamente, como ela funciona dentro de uma sociedade e, novamente, como a sua eficácia pode ser descrita. À medida que esta segunda parte se desenvolveu, foram traçados paralelos entre magia e tradução, na tentativa de encontrar semelhanças e diferenças que pudessem fornecer conclusões válidas sobre as duas. Ao fim do trabalho foram apontadas quais dessas conclusões são realmente produtivas e como elas puderam ajudar a responder a pergunta inicial. Palavras-chave: Tradução. Magia. Teoria dos atos de fala. Antropologia. Filosofia da linguagem.
Collections
- Teses & Dissertações [9572]