dc.description.abstract | Resumo: É ainda controverso se diferentes populações de neurônios dopaminérgicos desempenham um papel na aprendizagem associativa apetitiva e aversiva. No presente trabalho, mostramos que a lesão parcial bilateral da substância negra pars compacta (SNc) de ratos induzida por 1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina (MPTP, 200 µg/por lado) ou 6-hidroxidopamina (6-OHDA, 3 µg/por lado) prejudica a tarefa de aversão condicionada de lugar, mas não a preferência condicionada de lugar. As expressões faciais dos ratos MPTP e 6-OHDA após comerem ou experimentarem os pellets de sacarose e quinino, bem como seus comportamentos motor e emocional no campo aberto foram similares aos dos ratos SHAM. Imunohistoquímica para tirosina hidroxilase mostrou que houve uma redução significativa e equivalente no número de neurônios dopaminérgicos da SNc anterior e posterior nos ratos MPTP e 6-OHDA, mas não na VTA. Além disso, cromatografia líquida de alto desempenho com detecção eletroquímica (HPLC-ED) confirmou uma redução significativa e equivalente dos níveis de dopamina estriatal em ambos os grupos lesionados. De forma geral, estes dados mostram que: (i) a perda parcial de neurônios dopaminérgicos da SNc prejudica a aprendizagem associativa aversiva, mas a apetititiva; (ii) diferentes populações de neurônios dopaminérgicos têm diferente sensibilidade aos efeitos tóxicos do MPTP e 6-OHDA, o que as torna boas ferramentas para segregar estas populações de neurônios. Esta descoberta tem importantes implicações na pesquisa básica e aplicada da doença de Parkinson, adição, aprendizagem e memória, e outras condições onde a dopamina estriatal está implicada. | pt_BR |