Fatores determinantes na classificação das orações subordinadas como relativas livres
Resumo
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo observar as orações subordinadas conhecidas na literatura como "relativas livres" e verificar quais são os aspectos sintáticos e semânticos relevantes para tais orações. A literatura classifica as relativas em relativas com núcleo nominal e em relativas livres. Esse primeiro tipo apresenta um pronome relativo que apresenta um núcleo nominal como antecedente. Já no segundo tipo, esse núcleo nominal não está explícito. O estudo dessas relativas busca diferenciar um tipo do outro de um lado e apresenta uma diferenciação entre as relativas livres e as interrogativas indiretas, por outro, já que possuem características muito semelhantes. Uma informação relevante para fazer essas diferenciações está relacionada às propriedades do verbo subordinante, ou seja, que tipo de s-seleção e de c-seleção esse verbo faz, seleção esta que está diretamente relacionada com a semântica do verbo, como procuramos demonstrar. Dentre as análises que estudam as relativas, identificamos duas tendências: a análise tradicional e a análise raising. Neste trabalho, apresentamos as diferentes propostas adotadas e optamos por assumir a análise raising, como apresentada por Kato & Nunes (2009), para as relativas com núcleo nominal. A partir dessa assunção, buscamos verificar tal análise quando a estrutura em questão é a de uma relativa livre. Com essa assunção, demonstramos quais são os fatores relevantes na estrutura sintática e nos aspectos semânticos relacionados às relativas livres. Abstract: This work aims at observing the embedded sentences known as "free relatives" and identifying which syntactic and semantic properties characterize them. Relative sentences are classified in the literature into headed relatives and free relatives. In the first kind, there is a relative pronoun whose antecedent is a nominal head. In the second one, the is no explicit nominal head. This study compares free relatives to headed relatives, and to indirect interrogatives, given that they have some similarities. In order to compare those constructions, it is important to take into account the semantic properties of the verb of the matrix clause, especially its selection requirements. As for the analysis of headed relative clauses, there are two basic approaches: the traditional analysis and the raising analysis. We discuss them and adopt Kato & Nunes (2009)'s version of the raising analysis for headed relatives. Following that path, we propose that it fits free relatives as well, accounting for its syntactic and semantic properties in a principled way.
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- Teses & Dissertações [10146]