Aditivo microbiano na silagem de milho em diferentes tempos de armazenamento e avaliação da estabilidade aeróbia por termografia em infravermelho
Resumo
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo estudar fatores relacionados à ensilagem de milho (Zea mays L.) considerando a aplicação de aditivos microbianos sobre a composição químico-bromatológica, perdas fermentativas e estabilidade aeróbia, avaliada mediante a aplicação de nova metodologia por imagens em infravermelho. A presente dissertação foi dividida em dois capítulos. No primeiro avaliou-se o desempenho de um aditivo microbiano, combinando bactérias homo e heteroláticas aplicado na ensilagem de milho e armazenado por diferentes períodos (30, 60, 90 e 120 dias), composição bromatológica, perdas fermentativas e estabilidade aeróbia das silagens. O experimento foi realizado em esquema fatorial 2x4, utilizando-se silos experimentais para a confecção das silagens. A composição bromatológica foi afetada pelos tratamentos testados. Silagens com aditivo apresentaram maiores teo es de fibras e cinzas. Houve diferença na composição bromatológica para os diferentes tempos de armazenamento. As perdas de matéria seca avaliadas (efluente, gases, perda total de matéria seca) não foram afetadas pelos tratamentos. As perdas fermentativas foram maiores nos maiores períodos de armazenamento. O aditivo não alterou a composição dos ácidos orgânicos (acético, propiônico, butírico, lático), e reduziu o etanol, com pequena produção para ambas as silagens. A aplicação do aditivo não interferiu nas variáveis de stabilidade aeróbia entre os tratamentos testados. Houve diferença para estabilidade aeróbia entre os tempos de armazenamento avaliados, porém sem explicação biológica evidente para os resultados. No segundo capítulo foi realizada avaliação durante o ensaio de estabilidade aeróbia, das silagens de milho, realizado em sala climatizada (25± 1 ºC) com coletas de temperatura por termografia em infravermelho três vezes ao dia durante 148 horas. Foram avaliadas correlações de Pearson entre a temperatura por infravermelho, realizadas por câmera termográfica, com as temperaturas internas registradas por data loggers inseridos nas silagens. Ocorreu moderada correlação (0,55; 0,54 e 046) para as variáveis IMAX (temperatura máxima obtida na termografia em infravermelho); IMED (temperatura média obtida na termografia em infravermelho) e IMIN (temperatura mínima obtida na termografia em infravermelho), respectivamente, com as TINT (temperaturas internas da silagem) avaliada com data loggers. Houve diferença para as temperaturas IMAX, IMED e IMIN para os diferentes tempos de armazenamento das silagens. O uso da termografia em infravermelho para avaliação da estabilidade aeróbia de silagens deve ser melhor avaliada, não substituindo os dados obtidos por temperatura de contato.
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