Prevalencia de degeneração e ruptura no manguito rotador do ombro apos a 6. decada de vida : analises clinico-radiografica
Resumo
Resumo: O objetivo deste estudo foi pesquisar a prevalência de degeneração e ruptura tendinosa do manguito rotador dos ombros de pessoas assintomáticas, após a 6a década de vida. Utilizou-se, para isso, o exame clinico dos ombros de 50 pessoas com pesquisa de dor e de sinais típicos de atrito ou impacto subacromiais (Sinais do Impacto, de Hawkins, de Yocum). Foram procuradas, no exame físico, rupturas de tendões do manguito rotador: subescapular (Teste de Gerber ou Lift off), supra-espinhal (Teste de Jobe) e do lnfra-espinhal e redondo menor (Teste de Didler-Patte e da rotação externa). Os ombros foram radiografados em antero-posterior com raios horizontais e com lnclinações caudal de 30° e cefálica de 10°. Foi também mensurada a distância acromio-umeral nos RX com raios horizontais, em ambos os grupos. Foi, ainda, pesquisada correlação clínico-radiográfica nos casos e se havia predominâciaa de degenerações ou rupturas dos tendões no membro superior dominante. Encontraram-se no grupo das 26 mulheres, anormalidades clínicas, que sugeriam impacto subacromial em 5 casos. Em 2 (dois) deles, havia ruptura do manguito rotador pelo exame físico. As anormalidades radiográficas foram encontradas em 51,92% dos ombros, mas sem diminuição da distância acrômio-umeral (normal 613 mm). No grupo dos 24 homens perceberam-se alterações clínicas de atrito subacromial em 2 casos e de ruptura de manguito rotador em 1 caso. As radiografias mostraram-se alteradas em 45,83% dos ombros, mas sem diminuição da distância acrômio-umeral (normal e de 6 13 mm). Não houve correlação clínico-radiográfica em ambos os grupos, nem predomínio das alteraçõess ao RX no membro superior dominante (40,74% nas mulheres e 50% nos homens). Conclui-se, portanto, que uma porcentagem relativamente alta de pessoas acima da 6a década de vida, apresentam anormalidades radiográficas nos ombros, as quais sugerem degenerações tendinosas do manguito rotador. Essas degenerações podem existir mesmo sem haver sintomas e ainda, mesmo sendo boas as funções dos ombros. Não existiu correlação clínico-radiográfica dos casos examinados e a predominância no lado dominante não foi estatisticamente significativa. A prevalência de degenerações tendinosas no manguito rotador do ombro foi de 19,23% nas mulheres e de 12,5% nos homens e, de rupturas tendinosas desses foi de 7,64 % e 4,16% em ambos os grupos respectivamente. Abstract: The purpose of this study was to evaluate the prevalence of degenerative abnormalities or ruptures of the rotator cuff tendons of the shoulder, after the age of sixty years, In people with no previous complain. The evaluation consisted on a clinical an radiographic examination. There we 26 women and 24 men and the age ranged from 60 to 83 years. On the clinical examination we search for pain and tipical signs of subacromial impingement (Impingement or Neer, Hawkins and Yocum signs). The Gerber test or Lift off (for subscapular), the Jobe test (for supraspinatus), the Didler-Patte test and the test that analyse the external rotator muscles was also part of the clinical examination. The radiographic evaluation consisted on an AP view with the beam horizontal, 30° of caudal tilt and 10° of cephalic tilt. The acromio-humeral interval was measured on the X-Ray taken with the shoulder on neutral and the beam in horizontal position. It was studied a possible correlation of the degenerative changes of tendons on the clinical-radiographic evaluation and the dominant side. Out of 26 women 5 had clinical signs of subacromial impingement. Three of these had positive tests that suggested rupture of the rotator cuff. Radiographic abnormalities were found in 51.92%, but none had decreased acromio-humeral interval (normal 6 - 13 mm). On the men group, 2 out of 24 had slgns of subacromial impingement and one had an exam that suggested a torn rotator cuff. Radiographic changes were observed in 45.83% of 48 shoulders in this group and there were no one with decrease acromio-humeral interval. It was observed that the dominant side had radiographic abnormalities in 40.74% of the female group and in 50% in the male group (statistically not significant). In conclusion we observed that people after the 6th decade of life have degenerative changes of the rotator cuff or even rupture. There we no clinical radiographic correlation of these findings and changes in the dominant side. The prevalence of degenerative changes of rotator cuff tendons was 19.23% in the women group and 12.5% in the men group and the prevalence of ruptures of these tendons in both group was 7.64% and 4.16% respectively.
Collections
- Teses & Dissertações [9267]