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    Estudo citogenético em lesões expansivas mamárias

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    D - D - MIRIAM LACERDA BARBOSA.pdf (9.954Mb)
    Data
    2003
    Autor
    Barbosa, Miriam Lacerda
    Metadata
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    Resumo
    Resumo: Com o principal objetivo de contribuir para o conhecimento citogenético das lesões benignas e malignas da mama humana, foram analisadas citogeneticamente amostras de cinco lesões benignas da mama e cinco carcinomas mamários. As amostras de tecidos de lesões mamárias foram coletadas no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e no Hospital Nossa Senhora das Graças (Curitiba, PR) e foram processadas no laboratório de Citogenética Humana do Departamento de Genética da Universidade Federal do Paraná, utilizando-se a técnica de desagregação enzimática pela colagenase, seguida de cultura celular a curto prazo. Nas cinco lesões benignas mamárias foram analisadas 111 metáfases com bandeamento GTG (x=22,2±3,1), das quais 31 (27,9%) apresentaram cariótipos normais e 80 (72,1%) possuíam aberrações cromossômicas. Destas, 67 (83,7%) eram clonais e 13 (16,3%) não clonais. Das 333 aberrações clonais observadas (excluindo-se os cromossomos marcadores), as numéricas (331) foram mais freqüentes do que as estruturais (2), e entre as numéricas as trissomias (280) foram mais comuns que as monossomias (51). As aberrações clonais foram observadas mais freqüentemente nos cromossomos 21 (11,1%), 16 (8,4%), 19 (8,1%), 17 (7,5%), 20 (7,2%) e 18 (6,9%). Nos cinco carcinomas mamários foram analisadas 126 metáfases com bandeamento GTG (x=25,2±17,4), das quais 26 (20,6%) apresentaram cariótipos normais e 100 (79,4%) possuíam aberrações cromossômicas. Destas, 84 (84%) eram clonais e 16 (16%) não clonais. Das 136 aberrações clonais, as numéricas (106) foram muito mais freqüentes do que as estruturais (30) e entre as numéricas as trissomias (78) foram mais comuns que as monossomias (28). Os cromossomos mais freqüentemente envolvidos nas aberrações clonais foram: 21 (16,2%), X (15,4%), 8, 11 (9,6%) e 17 (8,8%). Comparando as aberrações cromossômicas clonais observadas nas lesões benignas e nos tumores malignos mamários, nas primeiras constatou-se em média 74,6±125,8 aberrações por lesão e nos últimos, uma média igual a 27,2±22,7 aberrações por tumor. Verificou-se também que as aberrações clonais numéricas e estruturais não se distribuem igualmente nos dois tipos de lesões (X²1=69,9; p<0,001) sendo a diferença devida principalmente às aberrações estruturais, as quais foram mais freqüentes nos tumores malignos da mama. O mesmo foi observado em relação à distribuição das monossomias e das trissomias (X²1=6,6; p<0,05), as quais foram mais freqüentes nas lesões benignas da mama. Nas lesões benignas e nos tumores mamários estudados verificou-se que as aberrações cromossômicas clonais não ocorreram ao acaso nos diferentes cromossomos do genoma e que os pontos de quebras 2p23; 11 q23; 17p12 e 17q21-23, identificados neste trabalho, coincidem com a localização de genes relacionados ao câncer de mama como o ETS1 e BRCATA em 11q23; ATM em 11q22.3-23; ERBB2 em 17q21.1; BRCA1 em 17q21; NME1 em 17q21-22 e BCAS3 em 17q23.
     
    Abstract: With the main objective of contributing for the cytogenetic knowledge of the benign and malignant lesions of the human breast, samples of five benign lesions and five mammary carcinomas of the breast were analyzed cytogenetically. The samples were collected at the Hospital de Clínicas of the Universidade Federal do Paraná and Hospital Nossa Senhora das Graças (both in Curitiba, Paraná, Brazil) and they were processed at the Laboratório de Citogenética Humana of the Departamento de Genética da Universidade Federal do Paraná, being used the technique of enzymatic disaggregation by the collagenase, following by short-term cell culture. In the five bening lesions of the breast, 111 metaphases were analyzed with GTG-banding (x= 22.2±3.1), 31 (27.9%) of these presented normal karyotypes and 80 (72.1%) chromosomal alterations. Of these, 67 (83.7%) were clonal and 13 (16.3%) were non-clonal. Of the 333 clonal chromosomal alterations observed (being excluded the markers chromosomes), the numerical changes (331) were more frequent than the structural changes (2), and among the numeric ones the trisomies (280) were more common than the monosomies (51). The clonal chromosome alterations were more frequently observed in the chromosomes 21 (11.1%), 16 (8.4%), 19 (8.1%), 17 (7.5%), 20 (7.2%) and 18 (6.9%). In the five mammary carcinomas 126 metaphases were analyzed with GTG-banding (x= 25.2±17.4), 26 (20.6%) of these presented normal karyotypes and 100 (79.4%) chromosomal alterations. Of these, 84 (84%) were clonal and 16 (16%) were non-clonal. Of the 136 clonal chromosomal alterations observed, the numerical changes (106) were more frequent than the structural changes (30), and among the numeric ones the trisomies (78) were more common than the monosomies (28). The chromosomes more frequently involved in the clonal alterations were: 21 (16.2%), X (15.4%), 8, 11 (9.6%) and 17 (8.8%). Comparing the clonal chromosomal alterations observed in the benign lesions of the breast and in the mammary malignant tumors, in the first ones it was verified an average 74.6±125.8 abnormalities by lesion and in the last ones, an average 27.2±22.7 abnormalities by tumor. It was also verified that clonal numerical and structural alterations were not distributed equally in the two types of lesions (X²1= 69.9; p<0.001) being the difference owed mainly to the structural alterations, which were more frequent in malignant tumors. The same was observed in relation to the distribution of the monosomies and trisomies (X²1=6.6; p<0.05), which were more frequent in benign lesions of the breast. In the benign lesions and malignant tumors studied it was verified that the clonal chromosome abnormalities did not happen at random in the different chromosomes of the genome and that the breakpoints 2p23; 11 q23; 17p12 and 17q21-23, identified in this study coincide with the location of genes related to the breast cancer as ETS1 and BRCATA in 11q23; ATM in 11q22.3- 23; ERBB2 in 17q21.1; BRCA1 in 17q21; NME1 in 17q21-22 e BCAS3 in 17q23.
     
    URI
    https://hdl.handle.net/1884/78557
    Collections
    • Dissertações [224]

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