Avaliaçao de danos causados pela ferrugem em pomar de pessegueiro da cultivar chimarrita
Resumo
Resumo: A ferrugem é uma das principais doenças do pessegueiro (Prunus persica. Um dos problemas decorrentes do plantio em regioes mais quentes é o aumento da ferrugem, causada pelo fungo Tranzschelia discolor. Este patógeno provoca a queda precoce das folhas, causando prejuízos r planta. O objetivo deste trabalho foi avaliar os danos causados pela ferrugem do pessegueiro nas condiçoes da regiao sul do Estado do Paraná sob diferentes aspectos: a) avaliaçao temporal da ferrugem, b) efeito da desfolha na floraçao e na produtividade dos pessegueiros e c) efeito da desfolha na concentraçao de carboidratos solúveis totais em ramos e gemas. O experimento foi conduzido em pomar de pessegueiro da cultivar "Chimarrita", em duas safras consecutivas 2003/2004 e 2004/2005, com seis repetiçoes e quatro tratamentos sendo um sem pulverizaçao (parcela testemunha) e tres com diferentes períodos de pulverizaçao: de dezembro até janeiro; de dezembro até fevereiro; e de dezembro até abril. As pulverizaçoes foram realizadas em intervalos de 15 dias em 2004 e 10 dias em 2005 com o fungicida mancozebe (200 g/100 L de água). Avaliouse a desfolha, incidencia, severidade da doença, em ramos marcados na planta central da parcela no período de dezembro a abril, nos dois anos estudados. A partir de julho anotou-se o número de estruturas florais nos diferentes estádios fenológicos considerados e o total de frutos produzidos antes e após o raleio, na planta central da parcela. Para avaliar a concentraçao de carboidratos foram retirados cinco ramos mistos de um ano, também da planta central, com comprimento entre 20 a 30 cm, em duas épocas: em março, para análise dos ramos contendo gemas e em maio para análise de ramos e gemas separadamente. Em 2005 a doença foi mais severa, apresentando valores de AACPF (Área Abaixo da Curva de Progresso da Ferrugem) próximo ao dobro do ocorrido em 2004 na testemunha. Houve correlaçao positiva, entre severidade e desfolha (R2 = 0,64) indicando a interferencia do patógeno na queda das folhas. A aplicaçao do fungicida manteve as plantas enfolhadas por mais tempo, e com isto retardou a curva de progresso da doença. A antecipaçao da epidemia, observada em 2005, diminuiu o tempo de enfolhamento da planta, provocando um florescimento em abril, desuniformidade e prolongamento do período de floraçao nos tratamentos reduzindo o número de frutos. A parcela testemunha reduziu em mais de 35% o número de frutos quando comparada ao tratamento com maior período de controle da doença. Em relaçao r concentraçao de carboidratos verificou-se que o controle da ferrugem para manutençao da folha na planta aumenta a concentraçao de carboidratos solúveis totais em ramos.
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