A memória do Terror
Resumo
Paulo Malhães, nascido em 1938 e falecido em abril de 2014, foi tenente coronel do exército e falou pela primeira vez sobre suas ações como torturador em 2012, à Comissão Nacional da Verdade, 40 anos depois de ter sido designado pelo Centro de Informações do Exército (CIE) para gerenciar um centro clandestino em Petrópolis, conhecido como Casa da Morte, local onde se praticava a tortura. Seu trabalho entre 1970 e 1972 consistiu em torturar e interrogar suspeitos e terroristas. De acordo com Malhães, a meta nominal das atividades no esconderijo era convencer os suspeitos a concordar em servir como agentes duplos. Segundo Malhães, os terroristas que aceitassem virar informantes do Exército receberiam pagamentos clandestinos como incentivo. No entanto, a única suspeita que ele descreveu concordar com isso, Inês Etienne Romeu, mais tarde foi considerada insincera e foi presa por mais oito anos. Os detalhes das atividades na "Casa da Morte" foram confirmados pela primeira vez em suas memórias, publicadas em 1979. Pelo menos 22 suspeitos detidos na casa foram mortos.
Collections
- Violência de estado [316]
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