Análise nutricional e fitoquímica de frutos da Morus nigra L.

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Date
2013-09-25Author
Piekarski, Paula
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Dissertaçõesxmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-type
DissertaçãoAbstract
Resumo: A amora (Morus nigra L.), planta facilmente cultivada em jardins, é rica em compostos fenólicos, entre eles flavonoides e antocianinas, os quais apresentam atividades biológicas e podem provocar alterações químicas ou enzimáticas, impactando na saúde humana. Buscou-se neste trabalho verificar a composição nutricional e o perfil fitoquímico do fruto, determinar o teor de compostos fenólicos e flavonoides em quatro extratos brutos e frações, assim como verificar atividades biológicas e avaliar indicativo de toxicidade in vitro destes extratos e frações. Buscou-se ainda elaborar um subproduto a partir do fruto. A fim de determinar a composição nutricional, empregaram-se as análises de umidade, cinzas, pH, acidez titulável, lipídeos, proteínas e fibras em frutos maduros in natura. O teor de carboidratos e o valor energético foram obtidos por meio de cálculos matemáticos. Para verificar o perfil fitoquímico, realizou-se ensaio sistemático, seguido do isolamento e identificação de substâncias via cromatografia líquida de alta eficiência ou via ressonância magnética nuclear. Para quantificação de compostos fenólicos e flavonoides foi empregado o método de Folin-Ciocalteu e o método de Cloreto de Alumínio, respectivamente. Quanto às atividades biológicas, três métodos para avaliação da atividade antioxidante foram utilizados, sendo eles, formação do complexo fosfomolibdênio, redução do radical DPPH e formação espécies reativas do ácido tiobarbitúrico. Adotou-se o método de impregnação em placas sangue de carneiro para avaliar a atividade hemolítica e a determinação da concentração inibitória mínima para atividade antimicrobiana. Para avaliar a toxicidade, empregou-se o teste in vitro frente à Artemia Salina. Para elaboração de subproduto, foi proposta uma formulação de pastilha com extrato incorporado. Observou-se que o fruto apresenta adequada qualidade nutricional devido à baixa densidade energética, elevado teor de fibras e compostos fenólicos. A análise dos extratos permitiu o isolamento e/ou identificação das seguintes substâncias: o álcool graxo 2,6 octacosa2,6-dien-1-ol e os compostos fenólicos ácido clorogênico, rutina, quercetina e kaempferol. Quanto às atividades biológicas, os extratos e as frações apresentaram atividade antioxidante pelos três métodos empregados. Nenhum extrato apresentou atividade antimicrobiana e apenas a fração acetato de etila apresentou atividade hemolítica. A fração acetato de etila também foi a única a apresentar indicativo de toxicidade in vitro. A partir dos resultados, pode-se concluir que as amoras são alimentos nutricionalmente ricos com potencial para uso na promoção da saúde da população.
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