O espaço estético como expressão social na arquitetura jesuítica
Date
2013-11-14Author
Feiber, Silmara Dias
Metadata
Show full item recordSubject
TesesArquitetura jesuitica
Estética
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TeseAbstract
Resumo: Este estudo investiga as reduções jesuíticas e sua arquitetura como formas simbólicas e geográficas na América do Sul. Para estes fins baseia-se em teorias estéticas, semióticas e de interação social, as quais são valorizadas para uma geografia cultural principalmente sob seus aspectos estéticos. A pesquisa parte do pressuposto de que a transformação e materialização de uma utopia para uma heterotopia é indissociável do campo das relações sociais e suas simbologias. Conforme Bakhtin, a formação simbólica da utopia acontece através da interação entre uma "obra em si" (no nosso caso a arquitetura e o urbanismo), a ética (como teoria social de ação) e o conhecimento (ideologias). Todos os três campos interagem numa integração entre estrutura social e processos de subjetivização do indivíduo. Umberto Eco explica que nesta situação uma variedade de códigos são ativados (usando o exemplo da arquitetura) e Ernst Cassirer demonstra como uma forma simbólica torna-se uma ponte entre materialidades e idéias. No ambiente de códigos e materializações realiza-se a socialidade (Maffesoli) do encontro intercultural e sincrético entre jesuítas e guaranis. No exemplo das reduções dos Trinta Povos, e principalmente nas suas igrejas, percebe-se como o evento sinestético e a modulação material do templo participam na construção de um espaço de síntese cultural e da organização do cotidiano. A pesquisa demonstra também que, para estes fins, as espacialidades e cotidianidades dos indígenas só foram parcialmente substituídas pela ideologia dos jesuítas, mas em grande parte foram complementados pela linguagem arquitetônica, assim ambas as técnicas estéticas dos jesuítas e dos guarani contribuíram para a formação material e corporal de um obra social.
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- Teses [180]