Efeito de dois protocolos de treinamento de força muscular sobre funcionalidade de idosos associada ao risco de queda
Resumo
Resumo: O objetivo deste estudo foi verificar e comparar o efeito de dois protocolos de treinamento de força (60-80% da carga máxima) sobre a funcionalidade de idosos. Trinta e três idosos foram divididos em três grupos, sendo dois grupos experimentais (grupos GI e GII) e um grupo controle (GC) (n=10; 64,00 5,6 anos; IMC=27,6 4,6 kg/m2). O grupo GI (n=11; 65,6 4,9 anos; IMC=29,2 3,8 kg/m2) realizou exercícios de força para os músculos abdutores do quadril e plantiflexores enquanto que o grupo GII (n=12; 64,6 4,5 anos; IMC=29,2 3,7 kg/m2) realizou exercícios para os músculos flexores e extensores do quadril e joelho. Os participantes foram submetidos a três sessões de avaliações, incluindo parâmetros da marcha e descida em escada, antes e após 13 semanas da realização de treinamento de força (para dois protocolos para diferentes grupos musculares dos membros inferiores). Os participantes do grupo controle apenas participaram das avaliações, porém lhes foi ofertada possibilidade de realizar exercícios de força ou hidroginástica no semestre seguinte ao do presente estudo. Foram analisadas nos grupo GI, GII e GC, através de célula de carga, o desempenho de oito grupos musculares do membro inferior direito, (força isométrica máxima (MIVC)), torque e taxa de desenvolvimento de torque (TDT)), funcionalidade (teste seis minutos de caminhada - TC6; teste de 30s de levantar da cadeira; flexibilidade; teste de equilíbrio - Berg Balance; agilidade e equilíbrio dinâmico - Foot Up and Go) e cinemática da marcha e descida em escada. Após o período de treinamento de força os sujeitos dos grupos GI e GII aumentaram a força e funcionalidade de forma similar, diferenciando-se apenas em dois parâmetros da cinemática da marcha e descida em escada. O grupo GI apresentou maior obliqüidade pélvica na marcha e o grupo GII diminuição da velocidade angular do quadril na descida da escada. Os resultados mostram que o treinamento de força, independente do protocolo escolhido para membros inferiores, é eficiente para reverter rapidamente os efeitos do envelhecimento sobre o sistema neuromuscular e melhorar a funcionalidade dos idosos até mesmo sobre parâmetros associados ao risco de queda na marcha e descida em escada. Abstract: The aim of this study was to determine and compare the effect of two protocols of strength training (60-80% of maximum load) on the functionality of the elderly. Thirty-three elderly people were divided into three groups, two experimental groups (GI and GII) and one control group (CG) (n = 10; 64.00 5.6 years, BMI = 27.6 4.6 kg/m2). The group GI (n = 11, 65.6 4.9 years, BMI = 29.2 3.8 kg/m2) performed strength exercises for the hip abductor muscles and plantiflexores while group GII (n = 12, 64.6 4.5 years, BMI = 29.2 3.7 kg/m2) performed exercises for the flexors and extensors muscles of the hip and knee. Participants underwent three sessions of evaluations, including parameters of gait and stair descent, before and after 13 weeks of performing strength training (for two protocols for different muscle groups of the lower limbs). Participants in the control group only participated in the evaluations, but they were offered the possibility to perform strength exercises or water exercises in the semester following the present study. We analyzed the GI, GII and GC through the load cell, the performance of eight muscle groups of the right lower limb (maximal isometric force (MIVC)), torque and rate of development of torque (RDT)), functionality test (test six-minute walk - 6MWT; test 30s to raise the chair, flexibility, balance test - Berg Balance, agility and dynamic balance - Foot Up and Go) kinematic gait and descending the stairs. After a period of strength training the subjects of GI and GII increased strength and functionality similarly, differing only in the two kinematic parameters of gait and descending the stairs. The GI group had a higher pelvic obliquity in gait and GII group decrease in angular velocity of the hip in descending the stairs. The results show that strength training, regardless of the protocol chosen for the lower limbs, it is efficient to quickly reverse the effects of aging on the neuromuscular system and improve the functionality of the elderly even on parameters associated with risk of falling gait and stairs descent
Collections
- Teses & Dissertações [10497]