Soberania alimentar e agroecologia
Date
2013-11-14Author
Souza, Alessandra Silva de
Metadata
Show full item recordSubject
DissertaçõesEcologia agricola
Alimentos
Camponeses
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DissertaçãoAbstract
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo central ampliar o debate acerca das transformações que vem ocorrendo no campo, sobretudo da (re)significação da questão agrária e do campesinato, com a incorporação de novos elementos como a Soberania Alimentar e a Agroecologia. Esses elementos trazem consigo questões político-ideológicas da reestruturação no campo a partir das esferas sociais, ambientais, políticas, culturais e econômicas. Para tanto, apresentamos os dados coletados na pesquisa de mestrado realizada na Região metropolitana de Curitiba (RMC), acerca dos atores sociais investigados: Assentamento Contestado e a Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia - AOPA. Como elementos fundamentais para a compreensão/ articulação desses atores sociais, destacamos a organização e a criação de mercados, que tem se expandido, territorializando as práticas camponesas, evidenciando a Agroecologia, ampliando o debate sobre segurança alimentar. Além disso são destacados os mercados camponeses: as feiras orgânicas onde se inserem a produção agroecológica, o Mercado Municipal de Orgânicos (MMOC) e ainda o programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que embora seja uma política pública instituída pelo governo federal, intensifica-se e colabora para a ampliação das práticas e do debate sobre a agricultura contrapondo o modelo hegemônico de mercantilização do direito a um alimento saudável, a uma produção limpa, etc. Trazemos diferentes experiências dos atores sociais escolhidos para demonstrar como a evolução destas práticas nos permitem ampliar conhecimentos e rever os saberes camponeses e ainda compreender os avanços assim como as carências existentes frente as práticas agroecológicas. Por último evidenciamos um balanço, de onde, e para onde, caminham essas práticas, bem como buscamos compreender as territorialidades camponesas na RMC, com camponeses tradicionais, neo-rurais e Sem-Terra, enfrentando os desafios da comercialização e de conseguir a certificação (ressaltando os contrapontos entre as certificações solidárias e capitalistas), nos permitindo refletir se o movimento agroecológico se consolida em um movimento social contra-hegemônico ou um paradigma de transformação social do/no campo.
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