Arquitetura deposicional da barreira holocênica na região meridional da Ilha de São Francisco do Sul, SC

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Date
2013-07-22Author
Bogo, Marcelo
Metadata
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DissertaçõesTeses
Sedimentos (Geologia)
Gerenciamento costeiro
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DissertaçãoAbstract
Resumo: A Ilha de São Francisco do Sul está localizada no litoral norte do estado de Santa Catarina, sul do Brasil. Abrange uma área de cerca de 270 km², sendo constituída por rochas do embasamento cristalino e sedimentos. Os sedimentos podem apresentar origem continental, que normalmente estão associados às vertentes de elevações do embasamento, ou origem marinha, presente em depósitos costeiros distribuídos na planície que domina a paisagem da ilha. O objetivo deste trabalho é a caracterização dos depósitos costeiros na porção sul da ilha, através do tratamento e interpretação de seções de GPR (Ground Penetrating Radar), as quais definiram a arquitetura deposicional em subsuperfície. Também foram descritas fácies em testemunhos de sondagem, que forneceram dados sedimentares e estratigráficos. A interpretação dos radargramas foi elaborada através da descrição de radarfácies, caracterizadas por sua forma, mergulho, continuidade e relação entre refletores. Três grupos de radarfácies foram descritos: refletores inclinados, sub-horizontais e irregulares. A área de estudo foi dividida em dois blocos distintos, norte e sul, segundo a arquitetura sedimentar definida pela estratigrafia de radar. Os dados de subsuperfície obtidos com o vibrotestemunhador possibilitaram a definição de seis fácies sedimentares: areia maciça, lama maciça, areia com laminação plano-paralela, areia com laminação cruzada acanalada, areia com laminação cruzada planar e areia com laminação cruzada de baixo ângulo. A caracterização das fácies sedimentares em conjunto com os dados de estratigrafia de radar permitiu a caracterização dos ambientes de sedimentação praial, eólico, lagunar e estuarino. O Bloco norte apresenta refletores condizentes com a progradação da barreira durante a queda de nível do mar de 2,5 m nos últimos 5000 anos. No bloco sul, os refletores apresentam-se com geometria diversa, sendo clara a influência de sistemas de paleocanais e esporões arenosos no desenvolvimento da barreira, fato esse devido à progradação ter ocorrido sob a influência da dinâmica do paleoestuário da Babitonga. A sequência regressiva da barreira holocênica assenta-se sobre uma superfície de ravinamento pleistocênica identificada nos radargramas. As unidades descritas mostraram correspondência com mapeamento geológico de superfície proposto para esta área de estudo.
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