Avaliaçao da composiçao corporal e de parâmetros laboratoriais em adultos com deficiencia de hormônio de crescimento antes e após 12 meses de tratamento com dose baixa e fixa de hormônio de crescimento.

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Data
2012-09-28Autor
Meister, Ludimyla Henriques Fernandes
Boguszewski, Cesar Luiz
Radominski, Rosana Bento, 1954-
Metadados
Mostrar registro completoAssunto
TesesHormonios de crescimento
Tipo
DissertaçãoResumo
Resumo O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos de 12 meses de tratamento com
dose baixa e fixa (0,56 UI/dia ou 0,186 mg/dia) de GH em adultos com deficiência de GH
(DGHA), sobre composição corporal, força muscular e parâmetros laboratoriais. Avaliação
clínica, antropométrica e laboratorial foram realizadas em 18 pacientes (11 mulheres e 7
homens, idade 40,6± 11,2 anos) antes e após 12 meses de tratamento com GH. Ultrasonografia
(US) foi empregada para aferição de panículo adiposo subcutâneo abdominal,
dinamometria para aferição de força muscular e bioimpedância (BLA) e dual-energy X-ray
absorptiometry (DXA) para gordura corporal e massa magra. DXA foi empregada para
estimar massa óssea (DMO). No tempo basal, 83% dos pacientes apresentavam aumento de
circunferência abdominal (CA) de acordo com a classificação de risco cardiovascular. O
grupo apresentava aumento de gordura corporal e osteopenia e/ou osteoporose foi
encontrada em 58% dos pacientes em pelo menos um dos sítios avaliados. Após o
tratamento, houve redução significativa da CA (p=0,03). A gordura corporal total reduziu
1,9% (p=0,004), 2,8% em membros superiores (p=0,002) e 2% em membros inferiores
(p=0,001). Em tronco, não houve redução significativa, entretanto 12/18 pacientes tiveram
redução nos seus valores. A massa magra aumentou 1,3 kg em corpo total (p=0,02) e 0,9 kg
em tronco (p=0,01). Ocorreu aumento na DMO de coluna lombar (p=0,009), fémur total
(p=0,001) e colo do fémur (p=0,05), principalmente no grupo feminino. Houve correlação
direta entre a aferição de gordura corporal pela DXA com pregas cutâneas, BIA e US. A
força muscular não se alterou significativamente. No basal, 65% dos pacientes
apresentavam IGF-1 abaixo da faixa normal para a idade, e destes, 54,5% normalizaram os
níveis após o tratamento. Nenhum paciente tinha diabete e as glicemias mantiveram-se
inalteradas durante o tratamento. O índice de HOMA-1R era >2,5 em 11 % dos casos,
observando-se piora significativa com o tratamento (p=0,02). Os valores de LDL eram
>130 mg/dL em 83% dos pacientes, observando-se redução significativa após GH (p=0,05).
Colesterol >200 mg/dL, triglicerídeos >150 mg/dL e HDL <40 mg/dL foram observados
em 67%, 16,6% e 16,6% dos pacientes, respectivamente, sem alteração significativa destes
parâmetros com o tratamento. Hormônios tireoideanos não se alteraram durante o
seguimento. Concluímos que 12 meses de tratamento com dose de 0,56 UI GH/dia em
pacientes com DGHA resultou em redução da gordura corporal total, aumento da massa íagra, aumento da DMO em coluna lombar, fémur total e colo do fémur, particularmente
m mulheres, redução do LDL e piora do índice HOMA-IR. Há grande variabilidade
idividual na resposta ao tratamento, que merece ser clinicamente considerada.
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