Florística, estrutura e dinâmica no período 1979-2000 de uma floresta ombrófila mista localizada no sul do Paraná

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Date
2013-06-19Author
Schaaf, Luciano Budant
Metadata
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Sistemas silviculturais - ParanáManejo florestal - Paraná
Florestas - Paraná
Teses
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DissertaçãoAbstract
Com o objetivo de estudar as alterações ocorridas numa Floresta Ombrófila Mista, localizada na Estação Experimental da UFPR (São João do Triunfo-PR), nove talhões totalizando 9 ha, avaliados inicialmente em 1979, foram recuperados e medidos em 2000. As mudanças ocorridas na floresta (9 ha) no período foram analisadas em termos da composição florística (índices de riqueza e diversidade), da estrutura horizontal (densidade, freqüência, dominância, valor de importância e valor de cobertura), da estrutura diamétrica e da dinâmica (crescimento, ingresso e mortalidade). Em 1979, todas as árvores com DAP maior ou igual a 20 cm foram identificadas, etiquetadas, localizadas e tiveram o diâmetro e as alturas total e comercial medidas. Em 2000, todas as árvores com CAP igual ou maior a 62,8 cm foram medidas, os indivíduos que não haviam sido computados em 1979 foram considerados como ingressos e os não encontrados como mortos. Em 1979 haviam sido computadas 2133 árvores de 51 espécies na floresta, em 2000, foram computadas 2202 árvores de 55 espécies. Entretanto, apenas oito espécies dominam a floresta em termos estruturais, representando 80,88% do número total de indivíduos e 88,91% área basal da floresta: Araucaria angustifolia (Bert.) Kuntze, Matayba elaeagnoides Radik., Nectandra grandiflora Ness et. Mart. ex. Ness, Ocotea porosa (Ness et. Mart.) Barroso, Campomanesia xanthocarpa Berg., Capsicodendron dinisii (Schw.) p. Occh., Ocotea corymbosa Mez e //ex dumosa Reissek. A distribuição diamétrica da floresta, tanto para 1979 quanto para 2000, apresentou a forma decrescente do tipo J-ínvertido entretanto, a freqüência de indivíduos nas classes diamétricas superiores aumentou significativamente em 2000. A floresta apresentou mortalidade de 513 árvores (24,05%) e ingresso de 591 indivíduos (27,71%), ou seja, houve um aumento líquido de 3,66% no número de árvores da floresta no período analisado. Entre os talhões, houve variações, alguns aumentaram o número de árvores, como o talhão 7, outros diminuíram, como o talhão 18. O ingresso e a mortalidade variaram em função das espécies, sendo Cinnamomum vesiculosum (Ness) Kosterm. a espécie que apresentou a maior taxa de ingresso e llex dumosa a espécie que apresentou a maior taxa de mortalidade. Houve variações da mortalidade em função das espécies e das variáveis qualitativas como posição sociológica, vitalidade e qualidade do fuste, sendo que quanto pior for a qualidade do fuste e a vitalidade, e mais inferior for o estrato considerado, maior a taxa de mortalidade. A floresta (9 ha) cresceu, em termos medianos, 5,30 cm em diâmetro e 0,02882 m2 em área basal entre 1979 e 2000. A distribuição dos incrementos diamétricos da floresta é bimodal, em área basal unimodal, entretanto, ambos apresentaram assimetria à direita (positiva). O talhão 1 foi o que apresentou os maiores incrementos, o talhão 10 os menores. Nectandra megapotamica (Spreng.) Ness foi a espécie que apresentou os maiores incrementos e a murta (Eugenia sp.) e Allophylus edulis (A. st.-Hil.) Radik. ex. Warm. foram as espécies com os menores incrementos, tanto em diâmetro como em área basal.
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