Relações entre a onça-pintada, onça-parda e moradores locais em três unidades de conservação da Floresta Atlântica do estado do Paraná, Brasil
Date
2013-06-13Author
Leite, Maria Renata Pereira
Metadata
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Felideo - ParanáAnimais selvagens - Proteção - Paraná
Mata Atlantica - Paraná
Homem - Influencia sobre a natureza
Teses
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DissertaçãoAbstract
A Floresta Atlântica é a segunda floresta tropical mais ameaçada do mundo e somente restam apenas 8% (aproximadamente 8.000.000 ha) de sua área original. Embora remanescentes florestais ainda suportem populações de onças-pintada e puma em mais de um terço de suas áreas protegidas, a maioria desse ecossistema encontra-se fragmentado, de fato não protegido e ativamente utilizado por moradores locais. Neste estudo, o objetivo foi estudar se moradores locais que vivem em áreas protegidas da Floresta Atiántica competem por espécies de presas com onça-pintada e puma. Para tanto, foram escolhidas três áreas protegidas contíguas e protegidas sob distintas categorias (Parque Nacional, Área de Proteção Ambiental e Área de Especial Interesse Turístico) localizadas em uma das bem conservadas partes desse ecossistema. Em cada área protegida, foi investigada a presença de onça-pintada, puma e moradores locais, e foi feito um estudo comparativo de suas dietas. Apesar de todo esse ecossistema ser área de ocorrência tanto para a onça-pintada, como para o puma, a onça- pintada já se encontra ausente no Parque Nacional do Superagüi. Moradores locais foram encontrados vivendo e caçando em todas as áreas protegidas estudadas. Foi registrada alta similaridade na dieta de moradores locais e predadores e a densidade de mamíferos de grande porte na dieta dos moradores locais e predadores foi menor no Parque Nacional do que nas outras áreas protegidas estudadas. Os resultados demonstraram que a competição por presas entre moradadores locais e predadores é uma importante e amplamente desconhecida ameaça para a consevação da Floresta Atlântica. Além do mais, os resultados sugerem que competição por presas venha a causar um declínio da população de grandes predadores, mesmo nas áreas protegidas onde a perda de hábitat tem sido minimizada. Com base nestas observações, nós concluímos com algumas sugestões de manejo para a conservação de áreas protegidas da Floresta Atlântica.
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