Estudo químico e farmacológico das cascas do tronco de Gochnatia Polymorpha SSP. Floccosa (Asteraceae)
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Data
2010-10-28Autor
Strapasson, Regiane Lauriano Batista
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Resumo: Gochnatia polymorpha (Less) Cabr. (Asteraceae), conhecida como cambará, é uma espécie empregada na medicina popular contra doenças respiratórias. Lactonas sesquiterpênicas, sesquiterpenos, diterpenos, triterpenos, flavonóides, compostos fenólicos e cumarinas foram previamente isolados desta espécie. O presente trabalho descreve o estudo fitoquímico biomonitorado, através de ensaios de atividade antimicrobiana, antiinflamatória e vasorrelaxante, das cascas do tronco de G. polymorpha ssp. floccosa. O material botânico foi coletado em Curitiba, PR (março/2004 e julho/2009). Após secagem e moagem, o material de cada coleta foi extraído com hexano e etanol, sucessivamente. O extrato etanólico foi submetido à partição com solventes (CH2Cl2, AcOEt, BuOH) e os constituintes da fração solúvel em CH2Cl2 foram isolados e purificados através de técnicas cromatográficas, usando-se sílica gel como fase estacionária. Os compostos puros foram identificados através de análise dos seus espectros de RMN e omparação com dados da literatura. Deste modo foram obtidos os triterpenos acetato de bauerenila (GPC1A) e bauerenona (GPC1B); os esteróides sitosterol (GPC2A) e estigmasterol (GPC2B); a lactona sesquiterpênica 11H,13-diidrozaluzanin C (GPC3); as lactonas diméricas gochnatiolido A (GPC4), 8--hidroxi-10-desoxigochnatiolido A (GPC5), 8--hidroxigochnatiolido A (GPC6) e 10- desoxigochnatiolido A (GPC7) e ferulato de n-alquila (GPC8). Todos os compostos são conhecidos e, com exceção do GPC1B, GPC3 e GPC8, já haviam sido relatados em Gochnatia polymorpha. O extrato etanólico, as frações deste extrato obtidas por partição com solventes (CH2Cl2, AcOEt e BuOH) e as substâncias GPC1A e GPC3 foram avaliadas para atividade antimicrobiana, antiinflamatória e vasorrelaxante. A atividade antimicrobiana foi valiada contra várias bactérias e fungos pelo método de difusão em ágar. A maior atividade foi observada na fração em CH2Cl2, que apresentou atividade antibacteriana contra Staphylococcus aureus, S. epidermidis, Bacillus subtillis e Escherichia coli. As substâncias puras foram inativas. A ati idade antiinflamatória foi avaliada em modelos de inflamação em camundongos. O tratamento por via oral com o extrato etanólico, as frações em CH2Cl2, e BuOH, e GPC3 reduziu de maneira significativa o edema, a migração leucocitária e também a inflamação pleural causada pela carragenina. A fração em AcOEt e GPC1A foram inativas. A atividade vasorrelaxante foi avaliada em anéis de aorta isolada de ratos. O extrato etanólico e as frações apresentaram atividade, sendo que a fração em CH2Cl2 foi a mais ativa. Os compostos puros foram inativos.
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