Efeitos da salinidade no desenvolvimento de juvenis re Robalo-Peva, Centropomus Parallelus (Poey)
Resumo
Resumo: A Na+,K+ ATPase branquial possui um importante papel no equilíbrio osmótico e consumo de energia na osmorregulação dos peixes teleósteos. Algumas salinidades podem proporcionar maior rescimento nos peixes, devido, em parte, ao menor gasto energético dessa proteína transportadora. Portanto, os efeitos da salinidade sobre a taxa de crescimento específico (SGR), sobrevivência, células de cloreto e atividade da Na+,K+ ATPase branquial foram avaliadas em 308 juvenis de robalopeva, Centropomus parallelus. Os indivíduos com 0,129±0,51g (média±SD) foram submetidos a 5, 20 e 35psu (unidade prática de salinidade) durante 60 dias. O peso inicial, após 30 e 60 dias foram anotados e utilizados para o estudo da taxa de crescimento específico. A atividade da Na+,K+ ATPase e as células de cloreto foram analisadas em curto (6, 24, 96 horas) e longo prazo (30 e 60 dias). A salinidade não teve efeito sobre a sobrevivência. A taxa de crescimento específico foi similar, mas a média de peso final do grupo em 5psu 0,606±0,235g) foi significativamente maior do que aquele em 20psu (0,446±0,232g). Não houve diferença significante quando comparados com os peixes em 35psu (0,524±0,21g). A quantidade de células de cloreto aumentou visivelmente nas concentrações de 5 e 35psu e apresentaram características típicas de células de cloreto que absorvem e secretam íons, respectivamente. A atividade da Na+,K+ ATPase dos peixes em 5 e 35psu também aumentou significativamente após a mudança de salinidade. Contudo, a atividade os indivíduos na menor salinidade retornou aos níveis iniciais em 30 dias, enquanto aqueles em água marinha (35psu) aumentou gradativamente até o sexagésimo dia. A energia dispensada pela Na+,K+ ATPase correlacionou positivamente com o crescimento do robalo-peva, e os juvenis em 5psu mostraram uma economia de atividade em longo prazo que pode ter influenciado no maior crescimento. Abstract: Branchial Na+,K+ ATPase plays an important role in osmotic equilibrium of teleost fish. There are salinities that promote higher growth in some fish species, due to, in part, the economy of energy consumed by this protein. Thus, salinity effects on specific growth rate (SGR), survival, chloride cell ultrastructure and Na+,K+ ATPase activity were evaluated on Centropomus parallelus. Individuals weighing 0.129±0.51g (mean±SD) were exposed to 5, 20 and 35psu (practical salinity unit). The weight was measured at initial, after 30 and 60 days of salinity change to evaluate specific growth rate. The survival curve was compared among treatments. Chloride cells and Na+,K+ ATPase activity were analysed after acute (6, 24, 96 hours) and long-term exposition (30 and 60 days). Salinity had no effects on survival and SGR was similar among groups, but after 60 days, 5psu individuals reached higher mean weight (0.606±0.235g) than those at 20psu (0.446±0.232g). There was no significant difference when compared with 35psu fishes (0.524±0.21g). The quantity of chloride cells increased visibly after hyposmotic (5psu) and hyperosmotic (35psu) challenge, assuming typical features of uptake and secretory cells, respectively. Individuals in 35psu and 5psu displayed significant augment in branchial Na+,K+ ATPase activity. However, the activity at 5psu returned to initial level after 30 days, while in 35psu increased gradually during the 60-day trial. The osmoregulation costs of Na+,K+ ATPase activity correlated positively with growth, and the 5psu juveniles showed a long-term energy economy that could have influenced the higher final weight.
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