Estrutura e dinâmica de estágios sucessionais de uma floresta ombrófila densa em Blumenau, Santa Catarina

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Date
2013-05-29Author
Schorn, Lauri Amandio
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Dinamica florestal - Santa CatarinaComunidades vegetais - Santa Catarina
Teses
Parque Natural Nascentes do Garcia (Blumenau, SC)
xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-type
TeseAbstract
O presente trabalho foi realizado no Parque Natural Nascentes do Garcia, no
município de Blumenau – SC, com o objetivo de avaliar a estrutura e a dinâmica de
comunidades da Floresta Ombrófila Densa Submontana, caracterizar as espécies
típicas e suas alterações populacionais e dimensionais, nos estágios da vegetação
secundária inicial, secundária intermediário e floresta primária alterada. Em 2001
foram instaladas 60 unidades amostrais permanentes de 10 x 20 m e 60 sub-unidades
amostrais de 3 x 10 m, 20 em cada estágio de sucessão. Em 2003 foi realizada nova
mensuração nessas unidades, quando foram avaliados as alterações na estrutura
horizontal, na distribuição e no incremento em DAP, a mortalidade e o ingresso de
todas as árvores com CAP >= 15 cm, bem como o crescimento em altura, ingresso e
mortalidade de todos os indivíduos com altura > 0,10 m e CAP < 15 cm nas subunidades
amostrais. A composição e estrutura nos três estágios em estudo foi
diferente, evidenciando uma hierarquia de substituição e alteração na importância
das espécies, do estágio sucessional inicial para a floresta primária. As categorias
sucessionais de espécies estão presentes nas três fases, mas são gradativamente
alteradas, predominando espécies pioneiras no estágio inicial e espécies clímax
tolerantes à sombra na floresta primária; a diversidade de espécies é crescente nessa
seqüência de fases, tanto no estrato da regeneração natural, quanto no estrato arbóreo
superior. Os processos dinâmicos da vegetação ocorrem com intensidades diferentes,
de acordo com a fase de desenvolvimento. A mortalidade, o ingresso, bem como a
relação ingresso/mortalidade são maiores nos estágios iniciais e diminuem
gradualmente com o desenvolvimento da vegetação. As alterações na porcentagem
de importância das espécies variaram de 0,82% a –3,51% no estágio inicial, 0,93% a
–0,84% no estágio intermediário e 0,48% a –0,97% na floresta primária, e foram
mais expressivas nas espécies de maiores populações. As espécies pioneiras, de
forma geral, se apresentaram com as maiores taxas de mortalidade em relação aos
ingressos. As espécies clímax mostraram maior equilíbrio, tanto na porcentagem de
importância, quanto nos valores de ingressos e mortalidade. As espécies clímax
tolerantes à sombra mostraram um dinamismo progressivo do estágio inicial para a
floresta primária alterada. Os incrementos em altura da regeneração natural,
tiveram uma diminuição com o progresso das fases sucessionais. As espécies de
maior densidade nos estágios iniciais apresentaram crescimento rápido, enquanto
que as espécies mais densas nos estágios avançados, apresentaram crescimento lento
e contínuo. Nos três estágios a vegetação apresentou distribuição diamétrica na
forma exponencial negativa, enquanto que a proporção de espécies com distribuição
exponencial negativa decresce com o nível de desenvolvimento da vegetação,
passando de 42% no estágio inicial para 20% na floresta primária. O incremento
médio em diâmetro, no estrato arbóreo superior, apresentou variação de zero a 0,96
cm.ano-1 e foi decrescente com as fases de desenvolvimento da vegetação. As
espécies clímax exigentes em luz apresentaram os maiores incrementos médios em
diâmetro, nas três fases estudadas
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