Distribuição espacial de microrganismos e fertilidade em solos de dois ecossistemas florestais

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Date
2013-05-27Author
Osaki, Flora
Metadata
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TesesEcossistemas
Solos florestais - Fertilização
Solos florestais - Tijucas do Sul (PR)
Povoamento florestal - Tijucas do Sul (PR)
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TeseAbstract
Este trabalho contempla o solo como substrato e não somente como fonte nutricional, mas com vida, portanto dinâmico em seu ambiente, oportunizando uma discussão da microbiologia e suas interações com o meio. O objetivo do trabalho foi avaliar a distribuição vertical e horizontal da fertilidade química e da população de microrganismos de solo em dois ecossistemas florestais: Floresta Ombrófila Mista e povoamento florestal com Pinus taeda L., em Tijucas do Sul/PR. Foram estudadas: umidade, populações de bactérias, fungos, actinomicetos, solubilizadores de fosfato, celulolíticos e biomassa microbiana, sob condições de inverno e de verão e em três profundidades (serapilheira, zona de transição e solo). A condição nutricional da serapilheira, a fertilidade na zona de transição e no solo foram estudadas no verão. A toposequência da Floresta Ombrófila Mista foi dividida em plana, meia encosta e topo e em cada uma delas foi alocado um bloco de 10.000 m2, subdividido em cem unidades. Foram sorteadas aleatoriamente cinco unidades amostrais que compuseram as amostras simples, sendo homogeneizadas e formaram uma unidade amostral composta por bloco e encaminhadas ao laboratório. O relevo da área do povoamento florestal com pinus caracterizou-se como plano, sendo adotado o mesmo procedimento para implantação dos blocos e da coleta das unidades amostrais. Os seguintes resultados foram obtidos para a Floresta Ombrófila Mista: a umidade variou com a toposequência; o Ca²+ da serapilheira diferiu entre os blocos; foi observada maior acidez e menor teor de Al trocável na zona de transição; Ca²+, Mg²+, K, P, MO, SB, CTC e V% apresentaram maiores teores na zona de transição; verificaram-se teores mais elevados de Ca²++Mg²+, SB, V% e menor acidez no bloco localizado no topo da colina; a análise da população de microrganismos não mostrou diferença entre os blocos para bactérias, fungos, actinomicetos e celulolíticos; as maiores populações de fungos e celulolíticos foram observadas na serapilheira e a maior população de bactérias na zona de transição; a maior população de celulolíticos ocorreu no inverno; a maior população para bactérias, fungos e solubilizadores foi no verão; e a maior biomassa microbiana foi observada na zona de transição. Para o povoamento com pinus obteve-se os seguintes resultados: a umidade foi homogênea entre blocos e menor no solo; o Ca²+ e o Mg²+ da serapilheira apresentaram diferenças entre os blocos; a análise da fertilidade mostrou maior acidez e H++Al³+ na zona de transição, assim como teores maiores de Ca²+, K+, P, MO, SB, CTC e silte; as populações de bactérias, fungos e solubilizadores não mostraram diferenças entre blocos e estações; as maiores populações de fungos, solubilizadores e celulolíticos foram verificadas na serapilheira, enquanto que os celulolíticos apresentaram maior população no inverno; a biomassa microbiana apresentou-se homogênea entre os blocos, estações e profundidades. Entre os ecossistemas verificou-se maior teor de matéria orgânica para o povoamento florestal com pinus. Considerando a condição nutricional da serapilheira, foram observados teores mais altos de Ca²+, Mg²+, K+ e N para a Floresta Ombrófila Mista. As quantidades de biomassa microbiana e de microrganismos, exceto celulolíticos, independentemente da estação do ano, foram superiores na Floresta Ombrófila Mista.
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